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PÁG. 6

29 DE MAIO A 11 DE JUNHO DE 2017 | CARTA DA INDÚSTRIA

PROJETO QUE SUSPENDE INCENTIVOS ESTÁ ENTRE OS

DESTAQUES DA AGENDA LEGISLATIVA ESTADUAL EM 2017

Por ter efeitos diretos sobre o setor

produtivo, a atividade legislativa é

permanentemente monitorada pelo

Sistema FIRJAN. Uma das propostas

em tramitação que já está sendo

acompanhada de forma prioritária

é o Projeto de Decreto Legislativo

(PDL) nº 14/2016, que suspende os

incentivos fiscais concedidos após

junho de 2016, quando o Poder

Executivo decretou estado de

calamidade pública.

A Federação é contra a aprovação

do referido PDL, que, ao retirar esses

incentivos, tem efeitos nocivos

à competitividade das empresas

fluminenses. Para defender o

interesse do setor industrial e a

manutenção da política de incentivos

fiscais, a FIRJAN mantém diálogo

constante com o Poder Legislativo.

Em evento promovido em abril com

deputados estaduais, prefeitos e

secretários de cidades do interior

fluminense, a Federação alertou

para os impactos do PDL e a

importância da continuidade dos

incentivos para atrair investimentos

para o estado do Rio.

Na ocasião, foi apresentado estudo

da FIRJAN que aponta essa política

como responsável por levar

251 indústrias para os municípios

contemplados com a Lei Pezão, que

geraram mais de 100 mil postos de

trabalho nos últimos seis anos.

Flavia Ayd, gerente Jurídica de

Defesa de Interesses Coletivos

da Federação, ressalta que a

elaboração de relatórios e estudos

que forneçam informações técnicas

e qualificadas é uma das frentes na

qual a FIRJAN atua em favor das

indústrias em temas legislativos.

“Além de apresentar dados e estudos

poliestireno expandido, componente

químico do isopor. O projeto é

problemático por estabelecer uma

obrigação já prevista no Acordo

Setorial para implantação da logística

reversa assinado em conjunto com

o governo federal.

AGENDA LEGISLATIVA

Essas e outras 84 proposições de

lei de interesse da indústria estão

reunidas na Agenda Legislativa 2017,

documento elaborado anualmente

pelo Sistema FIRJAN. Os projetos,

dos quais a Federação pode divergir,

convergir integralmente ou com

ressalvas, estão divididos nos

temas Interesse Geral da Indústria,

Assuntos Tributários e Econômicos,

Meio Ambiente, Relação de

Consumo, Trabalhista, Infraestrutura

e Indicações Setoriais.

Flavia pontua que a Agenda é

resultado de um trabalho realizado

no âmbito do Conselho Empresarial

de Assuntos Legislativos da FIRJAN,

que em reunião com outros

conselhos temáticos seleciona os

projetos mais importantes para a

indústria ao longo do ano.

De acordo com José da Rocha

Pinto, presidente do Conselho de

Assuntos Legislativos, o documento

é uma ferramenta importante para a

competitividade das indústrias,

pois dá mais transparência ao

trabalho de acompanhamento

legislativo da FIRJAN e fortalece o

exercício da cidadania.

“Temos que participar da atividade

legislativa levando elementos que

colaborem com a maior qualidade

da lei. Muitas vezes os parlamentares

legislam sobre assuntos dos quais

não têm conhecimento técnico, e

um projeto bem intencionado acaba

C

MATÉRIA

DE CAPA

“Temos que participar

da atividade legislativa

levando elementos que

colaborem com a maior

qualidade da lei”

José da Rocha Pinto

Presidente do Conselho de Assuntos

Legislativos do Sistema FIRJAN

técnicos que embasam os nossos

posicionamentos, a atuação da FIRJAN

junto à Alerj é sempre institucional,

pautada pela transparência e

em prol do desenvolvimento da

indústria fluminense. Costumamos

participar de audiências públicas e

acompanhar as votações em plenário

– muitas vezes, com a presença

maciça de empresários, que são

mobilizados para defenderem seus

direitos”, explicou.

Outra proposta tramitando na

Assembleia Legislativa do Estado do

Rio de Janeiro (Alerj) com impactos

para a indústria, da qual a FIRJAN

diverge, é o PL nº 2.267/2016, que

prevê a divulgação de uma lista dos

contribuintes inscritos na dívida ativa

do estado do Rio. Para a Federação,

o projeto traz efeitos negativos

ao quebrar o sigilo fiscal dos

contribuintes e suspender incentivos

fiscais concedidos por aqueles que

estejam inscritos na dívida ativa.

Da mesma forma, a Federação

é contrária à aprovação do PL

nº 1.516/2016, que obriga o

desenvolvimento de uma política

de logística reversa nas empresas

que realizam venda de embalagens,

utensílios ou produtos feitos com