IFDM 2018

5 SISTEMA FIRJAN • IFDM • 2016 RESUMO EXECUTIVO IFDM 2018 | ANO BASE 2016 Referência para o acompanhamento do desenvolvimento socioeconômico brasileiro, o Índi- ce Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) acompanha três áreas: 1) Emprego & Renda, 2) Educação e 3) Saúde, e utiliza-se exclusivamente de estatísticas públicas oficiais. Sua leitura é simples: o índice varia de 0 a 1, sendo que, quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvi- mento da localidade. Além disso, sua metodologia possibilita determinar com precisão se a melhora relativa ocorrida em determinado município decorre da adoção de políticas específi- cas, ou se o resultado obtido é apenas reflexo da queda dos demais municípios. A edição 2016 do IFDM t raz comparações com outros anos da série histórica, iniciada em 2005, e com isso mostra o impacto da crise econômica sobre o desenvolvimento dos muni- cípios brasileiros. O IFDM 2016 traz também projeções sobre a evolução do desenvolvimento após a deterioração do cenário econômico observada a partir de 2013. Abaixo os principais resultados: • O IFDM Brasil voltou a subir em 2016, interrompendo uma série de duas quedas seguidas, e alcançou 0,6678 ponto. A partir de 2014, o país mergulhou em uma forte recessão, o que fez com que os indicadores de mercado de trabalho acumulassem perdas recordes. Com isso, em 2015, o IFDM Brasil recuou ao menor nível desde 2011, refletindo, sobretu- do, o desempenho negativo da vertente de Emprego & Renda , que anulou o progresso observado nas áreas de Educação e Saúde . Ou seja, a crise custou ao menos três anos ao desenvolvimento dos municípios que, em 2016, ficou abaixo do nível observado em 2013. • Na última avaliação, as três vertentes que compõem o IFDM apresentaram crescimento. Emprego & Renda atingiu 0,4664 ponto, voltando a crescer após duas quedas conse- cutivas, quando acumulou retração superior a 20%. Essa foi a área de desenvolvimento que mais sofreu com a recessão dos últimos anos. Tanto o IFDM Educação como o IFDM Saúde apresentaram crescimento, mantendo a trajetória observada desde o início da publicação do IFDM . No entanto, a evolução apresentada pelos dois indicadores foi a menor em 10 anos, indicando que a crise também teve impactos sociais, e não só econômicos. • A análise mais detalhada do IFDM revela as enormes disparidades regionais que ainda existem no país. O Sul continua apresentando-se como a região mais desenvolvida, tendo em sua composição 98,8% dos municípios classificados com desenvolvimento moderado ou alto, e nenhum município classificado em baixo desenvolvimento. A Região Sudeste tem perfil semelhante. O Centro-Oeste alcançou o padrão Sul-Sudeste, com 92,4% dos municípios com desenvolvimento moderado ou alto e nenhum município com baixo de- senvolvimento. Por sua vez, as regiões Norte e Nordeste apresentaram, respectivamente, 60,2% e 50,1% dos seus munícipios classificados com desenvolvimento regular ou baixo e juntas respondem por 87,2% do total de municípios nessas classificações. • A recessão que o Brasil passou nos últimos anos influenciou fortemente o mercado de trabalho. Entre 2015 e 2016, foram fechados quase 3 milhões de postos de trabalho formais no país, sendo esse o fator decisivo para interromper a trajetória de desenvolvi-

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