IFDM 2018

7 SISTEMA FIRJAN • IFDM • 2016 (32,2%) das gestantes brasileiras não tiveram a quantidade de consultas mínima reco- mendada pelo Ministério da Saúde 3 , ou seja, quase um milhão de gestantes não tiveram acesso ao pré-natal adequado. • O Brasil continua sendo um país fortemente dividido, com extremos cada vez mais evi- dentes. O ranking dos 500 municípios mais desenvolvidos (Top 500) foi composto, es- sencialmente, por cidades das regiões Sudeste (50%) e Sul (41%). A região Centro-Oeste ficou com 7% dos municípios. O Nordeste ocupou apenas oito posições entre os 500 maiores IFDMs do país. Já na região Norte, apenas a capital do Tocantins, Palmas, ficou entre os 500 maiores IFDMs. • Entre os 500 maiores, a última década foi marcada pelo desenvolvimento da Região Cen- tro-Oeste, que mais do que dobrou sua participação. A Região Sul também aumentou sua participação na parte mais alta do ranking , aproximando-se ainda mais da Sudeste. • Entre os 500 municípios menos desenvolvidos, o ranking foi dominado por municípios das regiões Nordeste (68%) e Norte (28%). A desigualdade parece estar cristalizada. Nos últimos 10 anos, os municípios das regiões Norte e Nordeste pouco conseguiram entrar no grupo dos municípios mais desenvolvidos. Pelo contrário, eles seguem dominando o ranking dos 500 menores IFDMs do país. Juntas, essas duas regiões continuam concen- trando 96% dos municípios menos desenvolvidos do país. • No ranking das capitais, Florianópolis, Curitiba e São Paulo mantiveram as primeiras co- locações. Apenas 10 capitais brasileiras, distribuídas por todas as regiões, obtiveram alto grau de desenvolvimento e ficaram entre as Top 500. Porém, apenas Florianópolis e Curitiba ficaram entre os 100 municípios mais bem avaliados do país. Na parte inferior do ranking das capitais, estão Macapá e Belém que se destacaram negativamente pela forte queda na vertente Emprego & Renda. • A crise econômica também impactou de maneira significativa o ranking das capitais. Quan- do comparado o período pré-crise (2013) com o atual, as capitais que mais perderam po- sições no ranking foram Rio de Janeiro , que saiu da 5ª para 11ª colocação, e Recife , que caiu da 13ª para 18ª, influenciadas, sobretudo, pela queda do IFDM Emprego & Renda. Por sua vez, Teresina , que conseguiu alta pontuação no IFDM Emprego & Renda, saltou da 12ª para 4ª colocação. Vale destacar também o desempenho de Vitória que, mesmo com alto desempenho nos indicadores de Educação e Saúde, perdeu a 3ª colocação e agora está em 6ª no ranking das capitais, fruto da queda do IFDM Emprego & Renda . • Os resultados do IFDM são eloquentes ao mostrarem que o desenvolvimento dos municípios brasileiros regrediu três anos no tempo. A principal questão posta nesse momento é a velocidade com que os municípios vão recuperar a condição que possuíam antes da crise. Nesse sentido, o equilíbrio fiscal é importante não só para o reestabelecimento do equilíbrio macroeconômico, como também para a manutenção dos recursos que são direcionados para as políticas públicas municipais. • O IFDM revelou que a crise econômica também impactou os indicadores de Educação e 3 Vale destacar que o Ministério da Saúde, desde 2000, com o Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento (PHPN), recomenda um mínimo de sete ou mais consultas pré-natais.

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