Table of Contents Table of Contents
Previous Page  19 / 34 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 19 / 34 Next Page
Page Background

IFGF 2017 - ÍNDICE FIRJAN DE GESTÃO FISCAL - ANO BASE 2016

PÁG.19

diferentes. Por outro lado, os pontos em azul (Conceito A) estão concentrados principalmente na

região Sudeste, uma vez que dos 136 municípios que se destacaram pela alta arrecadação própria,

70 estão na região. Vale destacar o estado de São Paulo, com 54 municípios com Conceito A, o que

significa 9,1% do total de prefeituras do estado – este é o maior percentual do país.

IFGF Gastos com Pessoal

Representa quanto os municípios gastam com pagamento de pessoal,

em relação ao total da Receita Corrente Líquida. O índice mede o espaço

de manobra das prefeituras para execução das políticas públicas, em especial

dos investimentos.

O gasto com pessoal é o principal elemento do orçamento das prefeituras brasileiras. Devido

ao seu caráter rígido, o comprometimento excessivo das receitas municipais com essa despesa

deve ser evitado, uma vez que implica na redução dos recursos destinados para outros fins,

afetando as políticas públicas. Por isso, a LRF estabeleceu um limite prudencial e um teto para

essas despesas: 57% e 60% da RCL, respectivamente

13

.

A busca pela gestão fiscal eficiente deve ser fundada no controle das despesas com pessoal. Só

assimé possível reduzir a carga tributária e aumentar o investimento público, semcomprometer o

equilíbrio fiscal. Contudo, na contramão dessa recomendação, as despesas com funcionalismo

público têm comprometido uma parcela cada vez maior dos orçamentos municipais. Em 2016,

a parcela do orçamento consumida por essas despesas nos municípios brasileiros chegou a

52,6%. Em 2006, primeiro ano de série do IFGF, esse percentual era 45,9%.

575 prefeituras ultrapassaram o limite legal para gastos de pessoal.

Mais da metade das prefeituras brasileiras (2.503 ou 55,1%) finalizou o último ano de mandato

comprometendo mais de 50% seus orçamentos com a folha de salário do funcionalismo

público, e por isso ficaram com Conceito C no

IFGF Gastos com Pessoal.

Destas, 406 já

atingiram o limite prudencial de 57% da RCL definido pela LRF, e 575 ultrapassaram o limite

legal de 60% da RCL (nota zero e Conceito D), Macapá é a única capital deste grupo. Em todo

o Brasil, apenas 144 municípios (3,2%) ficaram com Conceito A ao gastar menos de 40% do

orçamento com pessoal – entre eles apenas uma capital, São Paulo. Apesar do cenário de

alerta, aproximadamente 30% do total de prefeituras (1.322) apresentou boa gestão de gastos

com pessoal (Conceito B).

13

Com o objetivo de evitar a rigidez orçamentária e garantir espaço para alocação de outras despesas, em 2000, a

Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) limitou os gastos com pessoal em até 60% da RCL. Além disso, o artigo 22 dessa

mesma legislação criou um limite prudencial, definido como 95% do teto (ou 57% da RCL), acima do qual ficam

vedadas criações de cargos, empregos ou funções, além de outras restrições.