IFGF 2017 - ÍNDICE FIRJAN DE GESTÃO FISCAL - ANO BASE 2016
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percentual de municípios nessa situação: 8,8% (31) e 9,5% (106) respectivamente. Além disso, a
região Centro-Oeste foi destaque por apresentar 41,1% dos municípios (145) com Conceito A no
IFGF Liquidez, enquanto no Sul foram 18,8% (209).
IFGF Investimentos
O indicador mede a parcela do orçamento dos municípios destinada aos investimentos.
Ruas pavimentadas e iluminadas, escolas e hospitais de qualidade são exemplos de investimentos
públicos municipais capazes de aumentar a produtividade do trabalhador e promover o bem-estar
da população. Para se ter uma ideia, os municípios foram responsáveis por um terço de todo o
investimento público brasileiro em 2016. No entanto, o comprometimento cada vez maior do
orçamento com despesas obrigatórias tem deixado cada vez menos espaço para os investimentos.
Investimentos atingiram o menor nível em mais de dez anos.
O último ano de mandato é tipicamente aquele em que os municípios mais investem, em média
20% a mais do que nos três anos anteriores. Contudo, em 2016, a crise econômica inverteu essa
lógica e exigiu um corte significativo dos investimentos. Em 2016, apenas 6,8% do orçamento das
cidades foi destinado aos investimentos, o menor percentual desde 2006. Em comparação com
ano anterior, os municípios deixaram de investir R$ 7,5 bilhões.
Quatro em cada cinco municípios (80,6%) receberam Conceito C ou D no
IFGF Investimentos
–
isso significa que 3.663 cidades não investiram sequer 12% do orçamento. Quase dois terços desses
municípios estão concentrados nas regiões Sudeste (33,9%) e Nordeste (31,6%), respondendo pelo
número de 1.243 e 1.157 municípios, respectivamente. Entre os estados, São Paulo (522), Minas
Gerais (625) e Bahia (263) concentraram o maior número de municípios com baixo investimento.
Contrastaramcomesse ambiente 430 prefeituras comalto nível de investimentos. Esse grupo investiu
em média 20% do orçamento, ficando com Conceito A no
IFGF Investimentos.
Favorecida pelos 92
municípios que receberam nota máxima, a região Sul apresentou o maior percentual de municípios
com Conceito A ou B no
IFGF Investimentos
(32,0%). Logo atrás, a região Norte (25,8%) recebeu
grande volume de transferências do governo federal para execução de investimentos em 2016, com
o estado de Roraima sendo o responsável pela maior média do
IFGF Investimentos
do país, com 50%
de seus municípios comConceito A ou B no
IFGF Investimentos
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. Nesse grupo, os estados do Paraná
e Santa Catarina se destacaram por apresentarem 41,6% e 38,7% de seus municípios com Conceito A
ou B no
IFGF Investimentos.
A distribuição dos resultados pode ser observada nomapa e no gráfico 6.
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Dois fundos administrados pelo Ministério da Integração Nacional (MI) disponibilizaram R$ 28,2 bilhões para ações
de desenvolvimento da Região Norte no período de 2016 a 2020. Além disso, os municípios de Roraima contaram
com fortes investimentos em 2016, voltados para as áreas de Infraestrutura e Saúde, a destacar a capital Boa Vista e o
município de Bonfim, que ficaram com nota máxima no IFGF Investimentos.