A Descoberta
das Américas
Segundo Adrião, ”’A descoberta das Américas’ me levou a descobrir
o Brasil e, mais recentemente, Portugal, abrindo nossas portas para
Cabo Verde, Angola, Moçambique e Macau para 2011, fazendo agora o
caminho de volta das grandes descobertas”.
19/07
19h
Teatro
Ficha Técnica
Texto original
de Dario Fo
Tradução e adaptação
de Alessandra Vannucci
e Julio Adrião
Direção
de Alessandra Vannucci
Performance
de Julio Adrião
Figurino
de Priscilla Duarte
Fotografias
Maria Elisa Franco
Produção
EmCartaz Empreendimentos Culturais
Produção Executiva
Thais Teixeira
Realização
Julio Adrião Produções Artísticas Ltda.
Sinopse
Um Zé ninguém chamado Johan, rústico, malandro e fanfarrão, que se vira contando
vantagens, sempre em fuga da fogueira da Inquisição, embarca em Sevilha numa das
Caravelas de Cristovão Colombo. No Novo Mundo, o nosso herói sobrevive a um naufrágio,
testemunha a matança, aprende a língua dos nativos, é preso, escravizado e quase engolido
pelos índios antropófagos. Safa-se fazendo “milagres” com alguma técnica e uma boa dose de
sorte. Venerado como Filho da Lua, ele treina e guia os índios num exército de libertação que
acaba caçando os espanhóis invasores.
Concepção
Um ator só em cena, sem aparato (cenário, figurino, iluminação e até texto são reduzidos ao
mínimo), atua num estado essencial, de emergência. O protagonista da Descoberta, acossado
por uma cruel economia da fome que o faz engenhoso, quer sobreviver justamente para
narrar sua história. Para dar vida a todos os personagens - índios, espanhóis, cavalos, galinhas,
peixinhos, Jesus e Madalena - ele estabelece um pacto de cumplicidade com os espectadores.
Cria com eles um código gestual, mímico e sonoro que substitui paulatinamente a fala. Cada
detalhe provoca a lembrança do seguinte, como numa história contada de improviso e pela
primeira vez. O desafio do ator é achar a forma, a cada noite, de jogar com a plateia e fazê-
la jogar junto. Jogar como? Decodificando cada imagem, cada som que o ator sugere. É o
teatro em sua essência: uma ilusão de realidade em que o ator projeta no espaço da cena e o
público “vê”. Por isso, o espectador è indispensável nesse jogo.
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