11/07
Abertura
A partir das 19h
Cultura Digital
X=X
Henrique Roscoe
Usando como títulouma fórmula do filósofoWittgenstein, esta composição trata de referências, significados
e semelhanças. Existe mesmo alguma coisa que seja totalmente idêntica à outra? Até onde é possível fazer
cópias sem alterar o original? As próprias cópias alteram o sentido do original? Questionando conceitos
tautológicos, a performance busca mostrar, em som e imagem, estas relações. A obra é executada a
partir de técnicas de videomapping, criando ilusões de profundidade tridimensional para o espectador. Em
duas telas simétricas, formas e objetos se contrapõem, buscando, através das imagens e sons, analisar as
relações de igualdade, realidade, seus significantes e significados.
A composição é dividida em cinco partes, cada uma tratando de um tema de alguma forma relacionado
ao título. Na primeira parte, as imagens falam de identidade. Pode algo ou alguém ser exatamente igual a
outro? o que caracteriza a identidade? Por que as pessoas buscam incessantemente uma identificação a
um grupo, tentando se encaixar em rótulos que assegurariam uma identidade “própria”. Na segunda parte
é tratada a relação entre significante e significado. Testando os limites da linguagem, uma poesia é narrada
começando com frases que tem significados e sentidos lógicos e, ao longo do tempo, a desconstrução da
sintaxe e a criação de neologismos levam a uma busca pelo indizível, o todo que está além da linguagem.
Em seguida o tema é a ilusão dos sentidos. Ilusões de ótica propõem que o que vemos nem sempre é a
verdade, se é que ela realmente existe.
Na quarta parte, são tratados os opostos (x igual a não x). Com o uso mínimo de cores, elementos gráficos
vão lutando por um espaço na tela. Já na parte final, é questionado o limite do uso da palavra. Não existem
palavras suficientes para dar conta de tudo que existe, logo lacunas se formam. Na tentativa utópica de
criar um espectro que consiga nomear tudo, palavras e frases se decompõem, saem de sua forma original
e buscam pertencer a um fio contínuo que liga tudo que existe.
1,2-3 6-7,8-9,10-11,12-13,14-15,16-17,18-19,20-21,22-23,24-25,...60