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11 DE DEZEMBRO A 24 DE JANEIRO | CARTA DA INDÚSTRIA
investimentos que aumentem a participação do setor
privado. “A estratégia do governo é abrir oportunidades.
Temos que focar toda a nossa energia para voltarmos a
crescer e gerar empregos”, garantiu.
OLHAR PROPOSITIVO
De acordo com Guilherme Mercês, gerente de
Ambiente de Negócios e Infraestrutura da FIRJAN, as
propostas entregues ao poder público ofereceram
um olhar propositivo para o Brasil, que contempla o
avanço da indústria. “Pensamos em caminhos para o
desenvolvimento do estado do Rio e do país, tendo
como base estudos permanentes que a Federação faz,
de forma a acompanhar e subsidiar o crescimento do
setor industrial”, frisou.
Carlos Di Giorgio, presidente do Sindicato das
Indústrias Gráficas do Município do Rio de Janeiro
(Sigraf), ressalta o diálogo da FIRJAN com o governo
como essencial para a obtenção de ganhos para
a indústria fluminense: “A Federação transmite às
autoridades o pensamento do empresário. Há questões
importantes, como o aumento de carga tributária e o
excesso de burocracia, que precisam ser conversadas
pessoalmente com os governantes”.
CAMPANHAS
O Sistema FIRJAN também promoveu campanhas,
de repercussão nacional, para garantir os interesses
da indústria diante da retração econômica e cortes
de investimentos. Como parte do pacote de ajuste
fiscal, o governo federal propôs, em setembro, a
redução dos recursos destinados ao Sistema S.
Em resposta, a FIRJAN mobilizou a sociedade,
empresários e autoridades em um movimento para
barrar a medida inconstitucional.
Em protesto ao alto número de impostos e à proposta
de retorno da CPMF, a FIRJAN apoiou o manifesto “Não
Vou Pagar o Pato”, da FIESP. O lançamento da campanha
no estado do Rio reuniu representantes de diferentes
setores produtivos em um ato na Praia de Copacabana,
em outubro.
Em momentos agudos da conjuntura política e
econômica do país, a FIRJAN se posicionou em defesa
do setor industrial. Por meio de notas públicas, a
Federação alertou para a importância de um pacto
nacional pela governabilidade e cobrou ações concretas
em prol da retomada do crescimento econômico.
Para contribuir com o desenvolvimento nacional, o
Sistema FIRJAN apresentou propostas prioritárias em
eixos estratégicos para o país, baseadas no documento
Agenda Brasil, divulgado pelo Senado Federal. Na
mesma direção, colaborou na difusão da transparência
ao apoiar a campanha “10 Medidas Contra a Corrupção”,
do Ministério Público Federal.
Para Sergio Duarte, presidente do Sindicato das
Indústrias de Alimentos do Município do Rio de Janeiro
(Siarj), o posicionamento da Federação foi decisivo
para impedir maiores impactos da crise sobre o setor
industrial fluminense. “A FIRJAN defende com muita
força a indústria do estado do Rio. O movimento
em defesa do SESI e do SENAI foi corajoso. E isso é
importante justamente para proteger as empresas”, disse
Duarte, que também preside a Vitális/Chinesinho.
Joaquim Levy esteve na sede da FIRJAN para participar do
evento em comemoração ao Dia da Indústria, em maio
O manifesto “Não Vou Pagar o Pato”, lançado no Rio em
outubro, chamou a atenção sobre a alta carga tributária
Antonio Batalha
Guarim de Lorena