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6 A 19 DE FEVEREIRO DE 2017 | CARTA DA INDÚSTRIA
Plataformas de petróleo foram responsáveis por 19% das exportações fluminenses
Divulgação/Agência Petrobras
ESTADO DO RIO AUMENTA PARTICIPAÇÃO NAS EXPORTAÇÕES
BRASILEIRAS COM RECORDE EM PRODUTOS MANUFATURADOS
A exportação de manufaturados no
estado do Rio atingiu valor recorde
em 2016, contribuindo para que
os produtos industrializados, pela
primeira vez nos últimos nove
anos, fossem a maior parte da
pauta exportadora. No período,
que apresentou saldo positivo
na balança comercial, houve um
aumento da participação fluminense
nas exportações brasileiras e
consolidação do estado como
terceiro maior exportador do país.
O bom desempenho das exportações
é positivo para o setor industrial,
que ainda sofre os impactos da
desaceleração da economia interna
vivenciada nos últimos dois anos.
Um dos segmentos que impulsionou
o aumento das vendas externas de
manufaturados foi o de veículos
automotores, de acordo com
o balanço anual do boletim
Rio Exporta 2016, produzido pelo
Sistema FIRJAN.
Marco Saltini, diretor da MAN Latin
America, reconhece que o período
foi positivo para a participação do
setor no comércio internacional.
“Nossa empresa cresceu 15% com
as exportações no ano passado,
basicamente em virtude do mercado
latino-americano”, destacou. De
acordo com ele, a transição política
da Argentina foi um fator importante
para que o mercado fluminense
conseguisse comercializar em
maior volume para o continente
sul-americano. O levantamento
da FIRJAN aponta que os veículos
de passageiros foram os produtos
fluminenses mais demandados pela
economia argentina no período.
“É um país que trocou de governo
recentemente. Antes, eles tinham
tarifas pesadas, o que impactava o
comércio com o Brasil. Agora o
cenário está em normalidade;
por isso, houve um incremento
das vendas”, analisou. Saltini
ressalta ainda que o investimento
nas exportações foi imperativo
para as empresas do setor
automotivo, que está entre os
segmentos mais afetados com
a retração econômica do país:
“Vivemos a maior crise já vista no
mercado de veículos do Brasil, nos
afetando sobremaneira. Por esse
motivo, buscamos alternativas para
aumentar as exportações, que são
importantes para crescer o volume
dos negócios e para a manutenção
dos empregos”.
Outra empresa que acreditou nas
vendas externas como um caminho
para alavancar seus negócios foi a
GE Celma, fornecedora de peças
para motores e sistemas de aviação
e segunda maior exportadora
do estado do Rio em 2016. A
companhia comercializa com
países como Estados Unidos, Reino
Unido, Chile e Índia, registrando
crescimento de 13%.
“Para a GE Celma, exportar foi
o que garantiu a sobrevivência.
Se dependêssemos apenas do
mercado interno, não seríamos
o que somos hoje. Valeu muito
a pena vender para outros países
em 2016. Em plena crise estamos
crescendo, porque o mercado
internacional está permitindo essa
alavancagem”, explicou Ricardo
Keiper, diretor da empresa.
Keiper ressalta que atualmente a
companhia exporta mais de
90% de tudo o que produz.
Com a desvalorização cambial,
as vendas para o exterior
representaram vantagem ainda
maior. “Agora estamos exportando
para novos países, como Arábia
Saudita e Emirados Árabes e
esperamos continuar crescendo
este ano”, complementou.
C
COMÉRCIO
EXTERIOR