NOVO MUNDO, NOVAS FRONTEIRAS
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Em 2015, tanto o Centro Internacional de Negócios do Siste-
ma FIRJAN (CIN) quanto a Organização Mundial do Comércio
(OMC) comemoram seus 20 anos.
Além de coincidirem no tempo, nossas organizações possuem
objetivos relacionados.
Enquanto a OMC busca manter um sistema multilateral de
comércio aberto, estável e previsível para seus membros, o
CIN busca apoiar e fortalecer a atuação das empresas flumi-
nenses no comércio internacional.
Em linhas muito gerais, a OMC define as regras do jogo em
nível global; o CIN, por sua vez, ajuda a preparar os partici-
pantes do Estado do Rio de Janeiro.
Por trás do trabalho de ambas as instituições, há uma visão
comum. A visão de que o comércio internacional pode es-
timular o crescimento econômico e o desenvolvimento
sustentável. Também coincidimos em que mais deve ser
feito para que todos possam aproveitar os benefícios que o
comércio oferece.
Essa, naturalmente, não é uma tarefa fácil. Nos últimos
20 anos, o mundo mudou – o tabuleiro é outro. Nesse ce-
nário, a OMC cumpre um papel duplo. De um lado, assegura
que as conquistas do sistema multilateral de comércio sejam
mantidas, ao solucionar disputas e ao promover o monitora-
mento e a transparência nas práticas comerciais.
De outro, busca negociar novas regras que respondam à
conjuntura atual e aos desafios futuros. Um exemplo disso
é o Acordo de Facilitação do Comércio, parte do Pacote de
Bali negociado em 2013, que ajudará a reduzir a burocracia
e os custos envolvidos no comércio. Devemos aproveitar o
bom momento gerado pelo sucesso de Bali para obter no-
vos resultados já na Conferência Ministerial em Nairobi, no
Quênia, no fim de 2015.
As mudanças pelas quais o mundo passou nos últimos
20 anos exigem que tanto as regras como os participantes
adaptem-se às novas circunstâncias e estejam preparados
para as demandas e oportunidades do futuro.
Nesse contexto, cumprimento o CIN pela excelente inicia-
tiva de reunir a contribuição de renomados especialistas
para discutir importantes temas de Relações Internacionais
e Comércio Exterior, bem como seus desafios para os pró-
ximos anos.
Tenho certeza que o conhecimento compilado aqui servirá
de inspiração para que mais empresas fluminenses possam
acessar as vantagens do comércio internacional nos próximos
20 anos e além.
Roberto Azevêdo
Prefácio