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PÁG. 5

INFORME CIN –

Quais são as

principais mudanças em curso

no controle das operações de

comércio exterior?

RENATO AGOSTINHO –

Temos

hoje uma importante iniciativa,

que é o Portal Único do Comércio

Exterior. Trata-se de uma

reengenharia de processos de

exportação e importação com

vistas a racionalizar a atuação

dos órgãos intervenientes,

além de reduzir tempo e custo

incorridos para as empresas na

realização dessas operações.

Estamos mapeando os processos

e identificando, junto com o setor

privado, todos os gargalos, para

que possamos desenhar um

novo fluxo das operações. Na

exportação estamos um pouco

mais adiantados. A exportação

foi eleita como prioridade, até

porque estamos passando por

um momento de desacelaração

da economia doméstica. Nos

fluxos de importação ainda

estamos na primeira fase,

detectando as dificuldades.

E

ENTREVISTA

IC –

Quais são os principais gargalos

identificados nos processos de

importação e exportação?

RA –

Um problema que

identificamos foi a multiplicidade

na prestação de informações. Uma

mesma informação é prestada

várias vezes por meios diferentes.

Há também a questão da falta

de coordenação das inspeções

físicas realizadas pelos órgãos

sanitários e pela Receita Federal,

que causam atrasos no tempo total

das operações. Existem outras

dificuldades, mas que são mais

específicas de cada produto. O

importante é que estamos trazendo

uma solução que abarca todos os

produtos e todos os modais.

IC –

Quais melhorias podem

ser implementadas no controle

administrativo para agilizar os

processos?

RA –

O controle administrativo

pode se dar em razão do produto

ou do tipo de operação. Dentro das

reformulações que pretendemos

fazer, a ideia é que as anuências

possam ocorrer não apenas caso

a caso, tal como acontece hoje.

Pensamos no controle por lote

e por tempo. São mudanças que

promoveriam agilidade, porque os

órgãos intervêm menos e facilitaria

a fluidez dos processos. Além

disso, queremos trazer o conceito

de gestão de risco para o controle

administrativo. Operações de menor

risco não merecem ter o mesmo

tratamento que operações de risco

mais elevado.

IC –

Como você avalia o trabalho

do Sistema FIRJAN, por meio do

Centro Internacional de Negócios,

no sentido de levar informação

sobre esses novos processos?

RA –

A FIRJAN é uma parceira nossa

de longa data na disseminação

de informações relacionadas

ao comércio exterior para a

comunidade em geral. Seu trabalho

tem nos ajudado na construção

dos novos fluxos de exportação

e importação do Portal Único e

promovido a interlocução do setor

privado com o governo.

Fabiano Veneza

A fim de otimizar o fluxo das operações de

importação e exportação, a Secretaria de

Comércio Exterior lançou, no ano passado,

o Portal Único do Comércio Exterior, que

centraliza as informações dos órgãos anuentes.

Renato Agostinho

, diretor do Departamento de

Operações de Comércio Exterior, em entrevista

ao Informe CIN, apresenta essa e outras

mudanças no controle de operações que serão

implementadas em médio prazo.

AGILIDADE NAS OPERAÇÕES

DE COMÉRCIO EXTERIOR

INFORME CIN | JUNHO DE 2015