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informecin@firjan.org.br.MITOS E VERDADES SOBRE OS FINANCIAMENTOS
À EXPORTAÇÃO DE BENS E SERVIÇOS BRASILEIROS
No Brasil, há quem questione o financiamento à
exportação que é feito pelo BNDES-Exim, especialmente
o que diz respeito às exportações de bens e serviços
de engenharia. O que pouca gente sabe é que esse
programa sustenta anualmente mais de 1,2 milhão de
empregos em nosso país, na cadeia de fornecedores das
grandes empresas de engenharia nacionais que fazem
obras no exterior.
Inviabilizar as exportações de bens e serviços de
engenharia do Brasil significa transferir empregos daqui
para países que têm nesse segmento um elemento
central de suas estratégias de desenvolvimento, porque
há clareza dos benefícios para as suas sociedades.
Nações como Estados Unidos, China, Espanha, Itália,
França e Turquia disputam conosco o mercado
internacional desse setor e usam todos os instrumentos
de crédito oficial à sua disposição para gerar trabalho e
renda em seus territórios.
MITO:
Obras no exterior levam o nosso dinheiro para
países estrangeiros.
VERDADE:
Nenhum centavo sai do país. 100% dos
financiamentos são usados para pagar em reais, e
no Brasil, os fornecedores e trabalhadores brasileiros
envolvidos na exportação de bens e serviços de
engenharia. Já o pagamento do financiamento pelo
devedor é feito em dólares. Assim, ao invés de saída, há
entrada de recursos em moeda forte.
MITO:
As obras criam empregos fora do país e
desemprego no Brasil.
VERDADE:
Quando o Brasil oferece crédito para
exportação de serviços de engenharia são sustentados
milhões de empregos aqui, dentro do nosso território,
nas empresas que compõem as várias cadeias produtivas
associadas ao setor. Hoje são 2.800 empresas brasileiras
que conquistaram mercados internacionais fornecendo
para obras de construtoras brasileiras no exterior. Destas,
2.100 são micro, pequenas e médias empresas que
dificilmente exportariam sozinhas.
MITO:
O Brasil prefere financiar obras no exterior em vez
de portos, aeroportos e estradas dentro do país.
VERDADE:
Os recursos do BNDES destinados às
exportações de bens e serviços de engenharia
representaram apenas 1,2% dos desembolsos do banco
em 2014 e não concorrem com os recursos destinados
a obras de infraestrutura em nosso país. Abrir mão desse
financiamento não resultará em mais portos, aeroportos,
estradas ou hidrelétricas no Brasil.
MITO:
O Brasil favorece determinados países por
questões ideológicas.
VERDADE:
Grande parte do financiamento à exportação
de serviços de engenharia é dirigida à América Latina
e África porque são as regiões que mais crescem no
mercado de infraestrutura mundial (respectivamente
18,2% e 16,6% em média entre 2005 e 2012). Não à toa
nossos concorrentes têm intensificado suas ações para
ganhar mercado nessas regiões.
MITO:
O Brasil oferece taxas de juros preferenciais e há
alto risco de calote.
VERDADE:
As taxas cobradas pelo BNDES seguem
padrão internacional. As operações são auditadas
e fiscalizadas por órgãos independentes. Não há
possibilidade de calote, todos os créditos contam
com seguros que garantem os seus pagamentos. Não
há registro de inadimplência nos financiamentos à
exportação concedidos pelo BNDES.
As principais economias mundiais exportam bens e
serviços porque na prática custa pouco para o país
e é um bom negócio para toda a sociedade. Nosso
desafio não é acabar com os créditos à exportação, mas
tornar mais eficientes nossos mecanismos oficiais de
apoio. Empregos, renda, divisas, intercâmbio cultural
e o desenvolvimento tecnológico que essa atividade
proporcionará para os brasileiros serão consequência
direta do desempenho do país no mercado nternacional.
Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB).
INFORME CIN | JULHO DE 2015
OPINIÃO
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