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INFORME CIN –
O que o senhor
destacaria como principais
contribuições da AEB para o
comércio exterior?
JOSÉ AUGUSTO DE CASTRO –
Sempre procuramos fazer com que
o comércio exterior participasse da
programação do governo, tendo
como objetivo fornecer apoio para
que mais empresas pudessem
dirigir essa atividade. Isso envolve
a retirada de tributos internos que
agravam as exportações. Queremos
exportar produtos, não tributos.
Essa é a nossa briga permanente.
Quando o Brasil criou um imposto
sobre a exportação de produtos
semielaborados, nós brigamos e
eliminamos esse tributo. Estamos
empenhados em reduzir impostos
e trazer facilidades, porque a
burocracia é muito grande.
IC –
O ENAEX terá a presença
do ministro Armando Monteiro.
O que será discutido com ele?
O que mais está programado para
o evento?
JAC –
Basicamente, ele falará
do Plano Nacional de Exportações
(PNE), que tem muito boas
intenções, mas que precisam ser
concretizadas. Além dele, estarão
E
ENTREVISTA
presentes outros representantes
do governo. Haverá o lançamento
do livro comemorativo dos 45
anos da AEB. Estamos vinculando
o foco do encontro ao aniversário,
e o título é “AEB 45 anos em prol
da competitividade no comércio
exterior”. Também teremos boas
novidades: pela primeira vez, a
Receita Federal terá um estande
no evento, para mostrar aplicativos
da instituição. Teremos ainda uma
reunião do Conselho de Comércio
Exterior do Mercosul (Mercoex),
que vai discutir problemas do
setor privado.
IC –
Quais os desafios para o
comércio exterior nos próximos
anos?
JAC –
O principal é a previsibilidade
de cenários futuros, fundamental
para que as empresas possam
investir. O segundo são os custos
elevados. Temos que reduzi-los
para sermos competitivos. Não
podemos depender de taxa de
câmbio, que é apenas um fator
de conversibilidade. Temos que
fazer a reforma tributária e investir
pesadamente, via concessões,
em infraestrutura. Nossos custos
em logística são proibitivos.
Precisamos reduzir custos internos
e os entraves burocráticos.
O comércio exterior cresceu
muito, e o país se tornou agente
passivo. Não tomamos decisões.
IC –
De forma geral, como avalia
o PNE?
JAC –
Esperávamos muito mais.
Mas, dentro do cenário atual, as
medidas tiveram boas intenções.
O ministro Armando Monteiro fez
esforços para o plano avançar,
mas nós precisamos transformar
ideias em realidade. Esperamos
que o governo entenda que a
válvula de escape nesse momento
de dificuldade econômica são as
exportações, porque o mercado
interno manterá a retração nos
próximos anos.
IC –
Como avalia a parceria com o
Sistema FIRJAN?
JAC –
É uma parceria de dois pesos
pesados em suas respectivas áreas,
então os resultados são muito
positivos. Cooperações como essa
só podem dar bons frutos. A FIRJAN
é líder da área industrial do Rio de
Janeiro. Todos querem se aproximar
da Federação pela sua importância
no estado.
Divulgação/AEB
A Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB),
entidade que representa o segmento empresarial
de exportação e importação, completa 45
anos em 2015. Em entrevista ao Informe CIN,
José Augusto de Castro
, presidente da AEB,
fala sobre o papel da associação na defesa de
interesses das empresas de comércio exterior
e analisa os desafios a serem superados para o
desenvolvimento da atividade.
AEB: DEFESA DE INTERESSES DO
COMÉRCIO EXTERIOR
INFORME CIN | AGOSTO DE 2015