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29 DE MAIO A 4 DE JUNHO | CARTA DA INDÚSTRIA

PÁG. 9

“Estamos propondo

soluções que atendam

o pleito da indústria e

não impactem as contas

públicas”

Guilherme Mercês

Gerente de Economia e Estatística da

FIRJAN

C

CONSELHOS

E FÓRUNS

Discutir o prazo de recolhimento

do ICMS no estado do Rio e propor

soluções para o sistema tributário.

Com essa meta, o Conselho

Empresarial de Assuntos Tributários

do Sistema FIRJAN recebeu,

no dia 15 de maio, o deputado

estadual Luiz Paulo Corrêa da

Rocha (PSDB/RJ), presidente da

Comissão de Tributação, Controle

da Arrecadação Estadual e

Fiscalização dos Tributos Estaduais

da Assembleia Legislativa do Rio de

Janeiro (Alerj).

O deputado é autor do Projeto de

Lei 1674/2012, que posterga a data

de cobrança do ICMS para o dia

10 do segundo mês subsequente

à venda. Atualmente, o imposto

é pago 25 dias após a operação,

pior prazo da região Sudeste e

quinto pior do país, cuja média é

de 55 dias. Em virtude da legislação

vigente, há um descasamento entre

o pagamento do tributo e a data de

recebimento da venda.

CONSELHO DE ASSUNTOS TRIBUTÁRIOS DISCUTE PRAZO

DO ICMS COM DEPUTADO LUIZ PAULO CORRÊA DA ROCHA

Guilherme Mercês, gerente de

Economia e Estatística da FIRJAN,

apresentou estudo da Federação

com a evolução histórica dos

prazos de recolhimento do ICMS e

o ganho em competitividade que a

indústria teria se fossem adotados

os modelos dos demais estados

do Sudeste. Em São Paulo, por

exemplo, o imposto é pago no dia

20 do mês subsequente, maior

prazo da região.

O deputado Luiz Paulo Corrêa da Rocha e Sergei da Cunha Lima, na FIRJAN

A postergação para essa mesma

data representaria uma economia

de 37 milhões de reais para as

indústrias fluminenses e aumentaria

os custos do estado em apenas

0,64%. O projeto de Luiz Paulo traria

economia para o setor industrial e o

governo perderia apenas 1,93% em

receita. “Estamos propondo soluções

que atendam o pleito da indústria e

não impactem as contas públicas”,

declarou Mercês.

“Isso poderia ser conduzido se

houvesse um cronograma anual

de prorrogação de prazo, para as

finanças do estado respirarem e

para conciliar com o período de

pagamento da folha”, avaliou Luiz

Paulo, que sugeriu uma reunião com

Jorge Picciani, presidente da Alerj, para

a discussão do tema.

Sergei da Cunha Lima, presidente do

Conselho, ressaltou que o tema deve

ser discutido com responsabilidade,

uma vez que o período econômico

é delicado. “Nosso objetivo é unir

nossos estudos técnicos com o apoio

do deputado para propor melhorias

às questões tributárias. Tem sido

nosso lema a defesa dos interesses

do estado do Rio”, afirmou.

Para Ronaldo Thomaz, 2º vice-

presidente do Sindicato da Indústria

de Material Plástico do Estado

do Rio de Janeiro (Simperj), é

preciso que haja uma revisão de

leis que penalizam a indústria,

como a substituição tributária, que

transfere para o setor produtivo a

responsabilidade do pagamento

antecipado do ICMS: “Eu pago o

imposto do meu cliente, o que

dificulta a quitação de tributos da

minha empresa e a realização de

outros investimentos necessários.

Estamos vivendo um contrassenso”.

Antonio Batalha