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4 A 18 DE ABRIL DE 2016 | CARTA DA INDÚSTRIA

“A ação da FIRJAN

foi fundamental para

nós, empresários. A

decisão da Justiça

comprova que a taxa

era equivocada. Não

é correto as empresas

pagarem por serviços

que não utilizaram”

Sergei da Cunha Lima

Presidente do Conselho de Assuntos

Tributários da FIRJAN e do Singrasul

A

ARTICULAÇÃO

O Tribunal de Justiça do Rio de

Janeiro (TJ-RJ) concedeu liminar

que suspende os efeitos da Taxa

Única de Serviços Tributários.

Publicada em 28 de março, a

decisão tem efeito imediato e

impede a cobrança do tributo, o

que beneficia todas as empresas

do estado do Rio. A medida atende

pleito do Sistema FIRJAN e de

outras entidades.

Em outra ação, a Federação

também obteve liminar que

suspendeu o tributo para as

empresas associadas ao Centro

Industrial do Rio de Janeiro (CIRJ).

Instituída pela Lei nº 7.176/2015,

a taxa trimestral antecipava a

cobrança sobre os serviços

prestados pela receita e incidia

sobre todos os contribuintes de

ICMS, distribuídos em cinco faixas.

“De fato, a taxa é inconstitucional.

Além disso, para o setor produtivo

fluminense, sua cobrança

significaria mais um ônus. Nesse

sentido, a decisão do Tribunal de

Justiça representa uma vitória para

nossas empresas”, declarou Sandro

Machado, consultor Jurídico

Tributário da Federação.

Para o empresário Sergei da

Cunha Lima, presidente do

Conselho Empresarial de Assuntos

Tributários da FIRJAN, a atuação

da Federação foi importante para

garantir que a indústria não fosse

onerada com o tributo.

“A ação da FIRJAN foi fundamental

para nós, empresários. A decisão

da Justiça comprova que a taxa

era equivocada no seu próprio

conceito. Não é correto as

empresas pagarem por serviços

que não utilizaram. Arcar com

mais uma tributação seria

extremamente prejudicial para o

setor produtivo, que já sofre os

efeitos do momento fragilizado

da nossa economia”, disse ele,

que também preside o Sindicato

das Indústrias Gráficas do Sul

Fluminense (Singrasul).

A PEDIDO DO SETOR PRODUTIVO, TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RIO

DECIDE SUSPENDER A TAXA ÚNICA DE SERVIÇOS TRIBUTÁRIOS

Thiago Lontra/Alerj

Audiência pública na Alerj sobre a taxa de serviços tributários: FIRJAN detalhou a

deputados impactos negativos da cobrança para as empresas do estado do Rio

AUDIÊNCIA PÚBLICA NA ALERJ

Em audiência pública, a FIRJAN

defendeu a revogação da Taxa

Única. Após apresentação que expôs

a ilegalidade e impacto negativo

da cobrança sobre as empresas,

deputados se comprometeram a

assinar um projeto de lei para revogar

a lei que a instituiu.

Luiz Paulo Corrêa, presidente

da Comissão de Tributação da

Assembleia Legislativa do Estado do

Rio de Janeiro (Alerj), alertou que a

taxa foi criada sem que o setor

privado e os próprios parlamentares

pudessem discuti-la devidamente:

“Quando o projeto de lei nos

foi apresentado, foi dito que iria

simplificar procedimentos, mas

percebemos que não se tratava disso”.

A audiência pública contou com a

presença do subsecretário estadual

de Fazenda, Antonio Cabral Rabello,

e de entidades representativas de

diversos setores. A reunião aconteceu

em 23 de março, na Alerj.