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PÁG. 7

4 A 18 DE ABRIL DE 2016 | CARTA DA INDÚSTRIA

“Com essa iniciativa iremos

direcionar o efluente tratado em

nossa ETE para uma lagoa que

também recebe a água pluvial que

cai nos telhados da fábrica. Existe

um sistema de captação que manda

a água para o tanque industrial,

que é então utilizada para lavagem

de máquinas, descargas, limpeza

de chão, irrigação de jardim e

resfriamento dos compressores”,

afirmou Valquíria Sarpa, engenheira

Ambiental da Hyundai.

Vencedora do Prêmio Ação

Ambiental 2015 na categoria

Gestão de Recursos Hídricos, a

STAM Metalúrgica também

desenvolveu iniciativas para

economia da água. Com um

projeto de reaproveitamento da

água de chuva em bacias sanitárias

e mictórios na Metalúrgica Bom

Jardim, a empresa conseguiu reduzir

o consumo em cerca de 47%.

“Essa ação foi iniciada há

dois anos, que é exatamente quando

começou a crise hídrica. Procuramos

artifícios para ter mais segurança

no abastecimento, na redução de

custos e na preservação de recursos

naturais”, explicou Fernando dos

Santos, engenheiro Químico e de

Meio Ambiente da empresa.

ALERTA

No ano passado, o Sistema FIRJAN

apresentou oitos propostas para

diminuir os riscos de uma severa

crise hídrica atingir o estado do

Rio no futuro (veja no box ao lado).

Segundo Jorge Peron, os esforços

empreendidos pelas indústrias

devem ser acompanhados por

políticas públicas que garantam

o abastecimento e fornecimento

de água para as empresas e para

a população.

“O problema está na oferta, na

capacidade de fornecimento.

São necessários investimentos

CONHEÇA AS PROPOSTAS DA FIRJAN PARA GARANTIR

A SEGURANÇA HÍDRICA DA REGIÃO METROPOLITANA

Implementação dos projetos de

ampliação da produção de água

tratada em todos os sistemas

públicos de abastecimento.

Incentivo do poder público para

novas fontes de abastecimento:

• Exploração de águas subterrâ-

neas com perfuração de poços;

• Aproveitamento de pequenos

mananciais com a implantação

de reservatórios;

• Implantação de projetos de

dessalinização da água do mar;

• Reúso da água gerada

pelas ETEs.

Aceleração das ações de sanea­

mento, visando a expansão de

63% para 90% do atendimento

da rede coletora de esgoto e de

37% para 70% do tratamento.

Medidas paliativas e

emergenciais para desvio

das águas dos rios Poços,

Queimados e Ipiranga para

um ponto depois da captação

da Estação de Tratamento de

Água (ETA) Guandu.

Cumprimento do recente acordo

firmado entre os estados do Rio,

Minas Gerais e São Paulo e a

Agência Nacional de Águas (ANA),

que determina vazão constante

de 190m

3

/s em Santa Cecília

(Rio Paraíba do Sul).

Controle sobre a expansão

urbana e o disciplinamento das

atividades que comprometem a

qualidade ambiental e causam

a degradação dos recursos

hídricos.

Controle e redução de perdas

físicas dos sistemas públicos de

abastecimento.

Incentivo a pesquisa, produção

e comercialização de equipa-

mentos hidráulicos certificados

em relação ao menor consumo.

cada vez maiores em ações de

saneamento para a melhora

na qualidade dos rios, além de

desonerar o serviço público de

abastecimento, com mais água

sobrando para a população”, afirmou.