Nesse sentido, as exportadoras e importadoras do Estado do Rio avaliaram a política de
comércio exterior desenvolvida pelo governo brasileiro, combase emnotas de 0 a 10. Nota-se
a partir dos Diagnósticos anteriores uma tendência mais pessimista dos empresários
fluminenses a respeito das perspectivas do comércio exterior, além de pouca melhora com
relação à percepção dos entraves enfrentados. Diante desse cenário, a avaliação dos
empresários fluminenses sobre a atual política de comércio exterior brasileira teve uma nota
média que reduziu de 6,09 em2011 para 4,65 em2015.
Contudo, conforme esta edição evidenciou nas seções anteriores, o panorama geral aponta
para mais melhorias do que agravamentos nos entraves e dificuldades do comércio exterior,
resultado dos esforços mais robustos dos atores do comércio exterior em desburocratizar e
facilitar os fluxos comerciais brasileiros. Essas e outras ações se refletemna avaliaçãomédia de
5,79 para a política de comércio exterior brasileira, uma leve retomada em relação a 2015 (4,65).
Ainda que a avaliação tenha tido ligeiro aumento no comparativo com a última edição, os
resultados evidenciados até esta seção deixam claro que existe uma série de gargalos tanto
para exportações como para importações, sejam custos logísticos, tributários, burocráticos,
oumesmo a atuação de órgãos anuentes.
Tendo em vista o
Mapa do Desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro 2016-2025
, os
empresários fluminenses fizeram uma avaliação das propostas mais relevantes para o
desenvolvimento do Rio de Janeiro. Em relação ao ambiente de negócios do comércio
exterior do Estado, as prioridades elencadas foram:
eliminar a carga tributária sobre exportações de bens e serviços;
aprimorar osmecanismos de defesa comercial brasileiro;
fortalecer e diversificar os acordos econômico-comerciais do Brasil;
simplificar e agilizar processos para o comércio exterior; e
ampliar o acesso aomercado internacional pela indústria do estado.
Essas propostas estão em sintonia com os resultados desta pesquisa, que apontou que as
empresas fluminenses ainda enfrentam diversos desafios, tributários, burocráticos ou
operacionais. Torna-se fundamental, portanto, que o governo e os atores do comércio
exterior, públicos ou privados, continuem e intensifiquem seus esforços para superação das
barreiras e dificuldades do comércio exterior levantadas nesse documento, de modo a
permitir maior inserção do Rio de Janeiro no comércio internacional.
Gráfico 55:
Nota da Política de Comércio Exterior Brasileira
6,09
5,98
4,65
5,79
2011
2013
2015
2017
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