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“Estamos nos

reposicionando

no mercado para

efetuar serviços

de manutenção

nas centenas de

unidades que já estão

produzindo

offshore

Ivan Fonseca

Gerente geral do Estaleiro Brasa

em parte a menor demanda do

mercado de petróleo e gás, até

que as encomendas de construção

de embarcações voltem a uma

situação de normalidade.

Esse é o caso do Estaleiro

Brasa, uma

joint venture

entre a

holandesa SBM e o grupo Sinergy.

“Estamos nos reposicionando no

mercado para efetuar serviços de

responsável pela maior parte do

petróleo produzido no país.

O porto concentra unidades de

armazenagem de combustíveis,

terminais especializados, unidades

de produção de dutos flexíveis e

unidade industrial para integração

de motores de navios.

Rocha ressalta que o grupo

norte-americano Edison Chouest,

acionista controlador no Brasil do

estaleiro Navship e da operadora

de navios de apoio marítimo Bram

Offshore, pretende construir no

local um estaleiro especializado

em reparos de navios de apoio

marítimo. Além disso, está

implantando no porto a Brasil

Port Logística Offshore, base

de apoio

offshore

com 15 berços

de atracação.

FOCO EM MANUTENÇÃO

Alguns estaleiros acreditam que

as atividades de reparo e

manutenção

offshore

não

tradicionais – que dispensam

diques – podem compensar

manutenção nas centenas de

unidades que já estão produzindo

offshore

”, relata Ivan Fonseca,

gerente geral do estaleiro.

Ele enfatiza que, para embarcar

num helicóptero da Petrobras e

trabalhar numa plataforma que

está produzindo petróleo e gás –

produtos altamente inflamáveis –,

as pessoas precisam ser bastante

qualificadas: “Nós temos essa mão

de obra e já demonstramos

capacidade de gestão para entregar

FPSOs com produtividade”.

GARGALOS

Para se desenvolver, o setor

naval precisa eliminar alguns

gargalos. Paulo Rebelo, presidente

do Estaleiro ENAVI/RENAVE, o mais

reconhecido estaleiro de reparos

e o maior da América Latina, cita

alguns deles: burocracia para

se obter licenças de instalação,

operação e de dragagem; a

dragagem propriamente dita; e

a falta de uma legislação mais

adequada para fidelizar os reparos

no país. Ele preconiza que as

embarcações financiadas com

recursos do Fundo da Marinha

Mercante (FMM) sejam reparadas

apenas no Brasil, enquanto

perdurar o financiamento, e que a

Transpetro privilegie o reparo de

suas embarcações no país.

Fonseca, do Estaleiro Brasa,

enfatiza que, para competir

com os asiáticos – chineses,

japoneses e cingapurenses –,

é preciso reduzir o Custo Brasil e

investir na qualificação da mão de

obra para a realização de tarefas

mais sofisticadas. Além disso,

propõe que a Petrobras considere

o afretamento como modalidade

de contratação de embarcações,

uma vez que a operadora está

sem condições financeiras de

contratar navios diretamente

com os estaleiros.

O Estaleiro Brasa, em Niterói, diversifica serviços como estratégia de reposicionamento

no mercado, num cenário de menor demanda do setor de petróleo e gás nacional

Divulgação/Estaleiro Brasa

MAIO DE 2016 | CARTA DA INDÚSTRIA

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