SISTEMA FIRJAN
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Em termos ambientais o CV
apresenta grande complexidade
como contaminante por ser
resultado de várias fontes, como
a queima de combustíveis fósseis
e até mesmo a degradação
microbiológica. Estudos em
andamento no CTS Ambiental
apontam evidências de
contaminação pelo CV em
águas subterrâneas no estado
do Rio de Janeiro, o que
torna ainda mais importante
o conhecimento das vias de
contaminação, estudos de risco e
remediação deste contaminante.
É necessário determinar o uso
futuro da área contaminada para
que seja realizado um tratamento
realmente eficaz, visando eliminar
ou remover tais contaminantes
a concentrações ambientais
compatíveis às exigidas para
o uso preestabelecido.
Estes contaminantes,
especialmente os de elevado risco,
são muitas vezes encontrados
em baixíssimas quantidades no
ambiente, o que torna o seu
gerenciamento bastante complexo.
O CTS Ambiental possui estrutura
João Ricardo Fonseca Teixeira
Chefe de Tecnologia e Metrologia
Ambiental
Antonio Augusto Fidalgo Neto
Especialista em Serviços
Tecnológicos
CTS Ambiental
O câncer acomete milhões de
pessoas ao redor do mundo e,
por seu caráter multifatorial, há
uma série de causas atribuídas à
doença. Dentre elas, destacam-
se fatores externos ou internos
ao organismo. As causas
externas têm envolvimento
com o meio ambiente ou por
hábitos socioculturais. Por outro
lado, as causas internas são,
em sua maioria, geneticamente
predeterminadas e se relacionam
à capacidade do indivíduo em
responder às agressões externas.
Dentre os fatores relacionados ao
ambiente, compostos químicos
possuem papel preponderante,
sendo chamados de carcinógenos
químicos. A Agência Internacional
para a Pesquisa sobre o Câncer
(IARC) possui em seu banco
de dados 116 substâncias
comprovadamente carcinogênicas
aos humanos. Em nosso artigo,
vamos abordar o cloreto de
vinila (CV), uma substância com
grande importância industrial.
Estima-se que sejam produzidas
anualmente, em todo o mundo,
entre 25 a 35 toneladas de CV.
Em tempos recentes, por meio
dos conceitos da química verde
e das restrições relativas ao risco
de carcinogenicidade, o uso e
produção do CV têm declinado ao
redor do mundo. Mesmo assim,
é um contaminante ambiental de
grande importância, especialmente
em águas subterrâneas.
T
TECNOLOGIA
AMBIENTAL
UM OLHAR ANALÍTICO
PARA O MEIO AMBIENTE
capaz de atender aos requisitos
analíticos mais rigorosos para a
investigação deste composto, nas
mais diversas matrizes, assim como
pessoal altamente qualificado para
toda a investigação do problema.
Muitas alternativas têm sido
propostas para a remediação de
locais contaminados com esse
tipo de resíduos. As desvantagens
particulares de cada uma delas
têm promovido o surgimento de
novas propostas, algumas bastante
promissoras.
No caso do CV, há importantes
experiências a partir do uso de
micro-organismos específicos
que possuem habilidade de
convertê-lo em outras moléculas
ambientalmente mais amigáveis.
No entanto, a melhor forma
de remediação sempre será a
preventiva, em que podemos
destinar nossos resíduos a processos
realmente eficazes. A gaseificação
por plasma é um processo onde é
inserido oxigênio insuficiente para
que ocorra a combustão completa,
ocorrendo simultaneamente a
pirólise e a combustão no interior do
leito. O plasma é hoje aceito como
uma tecnologia de processamento
“verde”, visto que produz baixo nível
de rejeito industrial, especialmente
quando comparada com os mais
tradicionais tratamentos por
agentes químicos.
Investimentos em química verde,
com processos produtivos
alternativos e mais eficientes, além
do uso consciente de compostos
potencialmente contaminantes,
passando por tecnologias capazes
de avaliar a sua presença no
ambiente, são essenciais para
uma indústria forte, consciente
e sustentável.
Os contaminantes
são muitas vezes
encontrados
em baixíssimas
quantidades no
ambiente, o que torna
o seu gerenciamento
bastante complexo
SÚMULA AMBIENTAL | MARÇO DE 2015