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28 DE NOVEMBRO A 11 DE DEZEMBRO DE 2016 | CARTA DA INDÚSTRIA
inspirem desejos no cliente para
adquirir os produtos”, disse.
Proprietário do Fantástico Studio,
do segmento de design, Leo
Mangiavacchi destacou ter observado
um novo comportamento na
indústria brasileira, no sentido
de valorizar talentos e soluções
criativas. “Na última década houve
uma profissionalização do setor
de móveis, e a brasilidade passou a
ser mais prestigiada, com o design
nacional sendo identificado como um
elemento de diferenciação”, afirmou.
Segundo o empresário, mesmo
com a desaceleração econômica,
houve uma estabilidade na demanda
dos clientes, com as fábricas de
móveis optando por lançar variações
em peças de coleções passadas, e
marcenarias criando novas linhas
de produtos. “Atualmente, exige-se
das empresas um novo patamar de
qualidade. Quando os principais
players
já desenvolveram melhorias
no processo, a criatividade
passou a ser a grande vantagem
competitiva”, analisou.
ALTA EMPREGABILIDADE
O estudo do Sistema FiRIJAN divide
Indústria Criativa em quatro grandes
áreas – consumo, cultura, mídia e
tecnologias – e 13 segmentos. A
Indústria Criativa abrange atividades
relacionadas tanto ao setor industrial
quanto ao de serviços, contribuindo
com soluções inovadoras de
maior valor agregado. De acordo
com o Mapeamento da Indústria
Criativa, produzido pela Gerência
de Pesquisa e Estatística do Sistema
FIRJAN, o número de postos de
trabalho criativos se manteve estável
frente às mais de 900 mil demissões
na economia no período de 2013
a 2015. Já a participação do PIB
Criativo no PIB Brasileiro cresceu
para 2,64%, gerando uma riqueza de
R$ 155,6 bilhões no último ano.
Na Indústria da Transformação,
fortemente impactada pela
desaceleração da economia, os
profissionais criativos desempenham
um papel importante para a
competitividade. Sua valorização,
resultado da busca por diferenciação
no desenvolvimento de produtos
e serviços, é evidenciada com o
avanço relativo da mão de obra
criativa empregada na indústria.
Outro aspecto que revela a
importância desses profissionais
no mercado de trabalho é sua
remuneração, superior a de
outros trabalhadores formais.
Esse cenário também tem relação
direta com o maior nível de
qualificação e especialização dos
talentos criativos.
O estado do Rio é o que melhor
remunera esses profissionais,
sendo o segundo em geração de
empregos, atrás apenas de São
Paulo. “O Rio tem vocação e
grande número de talentos criativos,
e os dados mostram isso. Esses
profissionais fazem a diferença.
Por isso é importante a indústria
se aliar com os criativos e aumentar
sua competitividade”, explicou
Gabriel Pinto, gerente de Indústria
Criativa da FIRJAN.
CONEXÕES
O Mapeamento é uma das iniciativas
do Sistema FIRJAN que tem como
objetivo monitorar o desempenho
dessa área econômica no Brasil. A
Federação acredita na conexão entre
profissionais criativos e a indústria
clássica para viabilizar a geração
de novos produtos, processos e
modelos de negócio. Por isso,
investe em ações como seminários,
capacitações e estudos, além de
diversos cursos, para desenvolver o
setor e aumentar de sua contribuição
na competitividade industrial. O
conteúdo completo do estudo está
disponível em
www.firjan.com.br.Movimento de profissões criativas* de 2013 a 2015
Chefe de Cozinha
43,2%
Designer de Moda
34,9%
Designer de Produto
23,7%
Designer Gráfico
4,3%
Programador
3,0%
Engenheiro da área de P&D
-2,4%
Ator
-13,9%
*Referente ao número de vagas