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SISTEMA FIRJAN • IFDM • 2015
atenção básica em Saúde a seus habitantes cresceu de 1.800 (32,3%) para 2.014 (36,2%),
pouco mais de um terço dos municípios brasileiros. Apesar da melhora nos dados ofi-
ciais, o
IFDM Saúde
ainda é a vertente estrutural do IFDM com maior número de cidades
com baixo desenvolvimento: são 198 (3,6%), mais de 20 vezes a quantidade observada no
IFDM Educação
. São mais de quatro milhões de brasileiros sem atenção básica em saúde.
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Da conjugação dessas três vertentes – Educação, Saúde, Emprego&Renda – é que se
constrói o desenvolvimento. Em um primeiro olhar, os resultados gerais de 2013 mos-
tram um quadro estável em Educação e Saúde e um início de deterioração em Empre-
go&Renda. Mas um olhar mais amiúde do comportamento das variáveis de cada área de
desenvolvimento desperta dúvidas quanto à continuidade das conquistas observadas até
2013, permitindo inferências do que se esperar a partir daí.
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Entre 2005 e 2013, período que compreende a série histórica do IFDM, a economia
brasileira passou por um momento ímpar. O Produto Interno Bruto (PIB) avançou 35% e
o país gerou quase 16 milhões de novos postos formais de trabalho, com aumento do
rendimento médio em 28%, já descontados os efeitos inflacionários. Esse ambiente eco-
nômico foi determinante para a expansão dos recursos com a arrecadação de tributos
para financiamento das políticas públicas (seja via arrecadação própria ou transferências)
e, consequentemente, da maior atuação social dos governos.
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O quadro econômico recente deteriorou-se rapidamente e as perspectivas persistente-
mente negativas chamam a atenção. Em 2014, a geração de empregos foi apenas um
terço da observada em 2013, ano em que o IFDM Emprego&Renda já exibiu desempenho
negativo. Em 2015, a avaliação é ainda mais negativa.
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Como resultado, os municípios brasileiros tendem a ficar à mercê da conjuntura eco-
nômica, com menos recursos não só para expandir como, principalmente, para manter
programas sociais que viabilizaram o avanço dos componentes estruturais do IFDM –
Educação e Saúde – até então. Fato é que os desafios mais complexos persistem e não
foram solucionados em tempos de pujança econômica. Assim, diante do atual cenário,
é possível afirmar que a conjuntura econômica negativa observada no Brasil em 2014 e
2015 (e cujas projeções não apontam para recuperação) coloque em cheque a continui-
dade das conquistas sociais observadas em passado recente, comprometendo o desen-
volvimento do país nos próximos anos.
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No topo do ranking nacional do IFDM, entre os 10 primeiros colocados, houve predomi-
nância de municípios de São Paulo. Contudo, pela primeira vez desde o início da série
histórica do IFDM, a liderança não ficou com uma cidade paulista. A cidade mineira de
Extrema conquistou a primeira colocação
, sendo o município do Top 10 nacional que
mais galgou posições no ranking ao longo dos anos. A cidade saiu da 569ª colocação
nacional em 2005 para o topo da lista em 2013, impulsionada principalmente pelas con-
quistas nas áreas de Educação e Saúde.
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A
última colocação ficou com Santa Rosa do Purus-AC
(0,2763), cidade que figurou
entre os 100 piores resultados do país em todas as edições do IFDM. No final do ranking
brasileiro, os 10 últimos colocados colecionam resultados muito baixos desde o início
da série histórica do IFDM, em 2005. Apresentaram baixo desenvolvimento a maior parte
do tempo (abaixo de 0,4 pontos) e a maior nota já alcançada por essas cidades no índice
consolidado foi 0,4255 pontos, registrados em 2008 pela amazonense Barcelos.