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SISTEMA FIRJAN • IFDM • 2015
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A comparação dos 500 municípios com maiores valores no IFDM com o grupo dos 500
menores retrata um Brasil de disparidades. Extrema (0,9050), em Minas Gerais, município
melhor colocado no ranking geral do índice, apresenta um IFDM mais do que três vezes
superior ao último colocado – Santa Rosa do Purus (0,2763), no Acre.
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A
análise regional
mostra um país claramente dividido em dois. As regiões Sudeste, Sul e
Centro-Oeste detém 99% dos municípios do Top500. Destes, a maior parte é composta
por municípios do Sudeste (56%). Municípios do Sul e Centro Oeste representam 36,6%
e 6,4%, respectivamente. Apenas 1% representa municípios das regiões Nordeste (0,8%) e
Norte (0,2%).
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Dos estados, São Paulo é o que tem maior participação de municípios no grupo dos
Top500: são 215 que compõem 43,0% da lista (o equivalente a um terço dos municípios
paulistas). Na sequência, destacam-se os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina
e de Minas Gerais, que participam, respectivamente, com 16,4%, 11,2% e 9,4% do grupo
dos Top500.
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No outro extremo, o grupo dos 500 piores colocados é formado majoritariamente por
municípios do Nordeste e do Norte do país (97,4%). As cidades baianas são as mais proe-
minentes nesse grupo, 178 representantes, quase metade de todos os municípios do es-
tado. Maranhão e Pará aparecem na sequência, respondendo por 19,0% e 14,4% do grupo
dos 500 menores do Brasil.
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A região
Sul
se destaca como a mais desenvolvida do Brasil, com quase a totalidade
(96,8%) de seus municípios classificados com desenvolvimento moderado ou alto, em
contraste com os 68,1% observados a nível nacional.
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Na região
Sudeste
, 91,5% dos municípios apresentaram IFDM moderado ou alto em 2013.
O Sudeste ainda distingue-se por ser a região brasileira com maior presença no estrato
superior do ranking brasileiro do IFDM, respondendo por 65 das 100 maiores pontua-
ções, das quais 56 são de São Paulo.
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Após se consolidar como um “novo Sudeste” em termos de desenvolvimento socioe-
conômico, o
Centro-Oeste
seguiu reduzindo sua distância em relação às regiões mais
desenvolvidas do país. De fato, com 86,4% de suas cidades acima da linha dos 0,6 pontos,
que indica IFDM moderado, a região nunca esteve tão próxima dos padrões de desenvol-
vimento observados no Sul e no Sudeste do país.
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Em contraste com o desempenho majoritariamente positivo do restante do país, as re-
giões
Norte
e
Nordeste
possuem quase 70,0% de suas cidades com desenvolvimento
regular ou baixo: no Nordeste são 69,1% e no Norte, 67,2%. Quando olhamos para os ex-
tremos do ranking, a região Norte apresenta situação ainda mais delicada frente à vizinha:
enquanto o Norte do país não apresentou nenhuma cidade com alto desenvolvimento
em 2013, o Nordeste teve dois municípios nessa situação – Eusébio (0,8782) e Sobral
(0,8197), ambos no Ceará. Além disso, o percentual de cidades com baixo desenvolvi-
mento (pontuação inferior a 0,4 pontos no IFDM) foi de 5,0% na região Norte, quase o
triplo do observado no Nordeste (1,8%).
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No
ranking das capitais
o topo foi novamente ocupado por
Curitiba
,
São Paulo
,
Vitória
e
Florianópolis
, apenas com trocas de posições. Apenas oito capitais brasileiras apresen-
tam alto desenvolvimento no IFDM, enquanto as demais registraram desenvolvimento