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PÁG. 2

20 A 26 DE MARÇO | CARTA DA INDÚSTRIA

Trecho do Rio Paraíba do Sul em Barra do Piraí

A população fluminense vem acompanhando notícias

sobre o baixo nível dos reservatórios de água e

suas possíveis consequências para a indústria e a

sociedade. Só no estado do Rio, a crise hídrica ameaça

o fornecimento para mais de 12 milhões de pessoas e

mais de 3,8 mil indústrias.

O Rio Paraíba do Sul, responsável pelo abastecimento

de água para 75% do estado, apresentou o menor

nível, em décadas, nos seus quatro reservatórios.

Essa realidade desafia empresas e sociedade a uma

mudança de comportamento e a um esforço conjunto

para minimizar as consequências dessa crise.

Em face disso, as autoridades responsáveis

desenvolveram medidas de controle, como o

acompanhamento do nível dos reservatórios e a

redução da vazão de transposição do volume de água.

O setor industrial, responsável por 827 mil empregos

diretos, já vem fazendo sua parte: nos últimos dois

anos, 56,7% das indústrias fluminenses adotaram

ações de racionalização do uso da água, o que levou

a uma redução de 25,6% no consumo nesse período.

Os dados são de uma pesquisa realizada pelo

Sistema FIRJAN.

Diante desse cenário, a Federação fluminense, por

meio do SENAI, vem desenvolvendo um esforço

contínuo para a otimização do uso da água. Em 2014, o

CTS Ambiental registrou aumento de cerca de 400% na

contratação de serviços para implantação de soluções

eficientes na utilização dos recursos e na adoção de

uma produção mais limpa nas indústrias. O maior

desafio é identificar como a água e a energia podem

ser usadas adequadamente no processo produtivo,

evitando diversas perdas.

A FIRJAN também participa, junto com representantes

do poder público e da sociedade civil, dos principais

comitês de bacia hidrográfica do estado, defendendo e

propondo ambientes produtivos e sustentáveis.

A preocupação com a maior crise hídrica já enfrentada

pelo estado do Rio extrapolou os limites da indústria.

O Sistema FIRJAN propôs ao governador do estado

cinco medidas de longo prazo. Entre elas, a aceleração

na implantação de ações de melhoria dos Sistemas de

Abastecimento de Água e de Coleta de Tratamento de

Esgoto. No âmbito do saneamento, foi sugerida uma

expansão na cobertura da rede coletora do esgoto

gerado dos atuais 59% para 90%. O investimento em

redes de saneamento é de extrema importância para

o estado, já que um rio saneado é sinônimo de novas

fontes de abastecimento.

Também foram propostas a criação de condições

diferenciadas para projetos de dessalinização da

água do mar e, no que for possível tecnicamente, o

incentivo ao uso da água subterrânea pelas indústrias

do estado.

A lista de sugestões inclui ainda a promoção de

Parcerias Público-Privadas que viabilizem técnica e

financeiramente o fornecimento de água de reúso das

estações de tratamento de água e esgoto para

a indústria.

As empresas fluminenses vêm fazendo sua parte e

continuarão contribuindo para o desenvolvimento

sustentável do estado do Rio. É o Sistema FIRJAN

reforçando o seu compromisso com a indústria, a

sociedade e o estado.

ÁGUA:

SENAI PREPARA A

INDÚSTRIA PARA USO EFICIENTE

Agência Brasil