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15 A 21 DE MAIO | CARTA DA INDÚSTRIA
FÓRUM IEL APRESENTA VISÃO INTERNACIONAL
SOBRE GERENCIAMENTO DE RISCOS EM EMPRESAS
O gerenciamento de riscos é
uma ferramenta indispensável
para reduzir as perdas
financeiras e operacionais
nas empresas. Para abordar
essa estratégia, considerada
um diferencial competitivo
no mercado empresarial, o
Sistema FIRJAN promoveu o
Fórum IEL “Gestão Empresarial:
Gerenciamento de Riscos
nas Organizações”. O evento
aconteceu no dia 28 de abril,
na sede da Federação, e teve
como palestrante Sim Segal,
diretor de Programas de
Gerenciamento de Riscos da
Universidade de Columbia. A
palestra foi realizada por meio
de parceria entre a universidade
e o Instituto Euvaldo Lodi (IEL).
Para Segal, tomar decisões,
no âmbito empresarial, é um
processo altamente complexo,
pois estão em jogo diversas
questões financeiras, estratégicas
e operacionais. “É mais fácil decidir
quando se estabelece os cenários,
mas também os riscos dentro das
organizações”, orienta. De acordo
com o palestrante, a economia
pode ajudar a avaliar as vantagens
e desvantagens de apostas e
oportunidades. Ele cita, como
exemplo, a importância da
seleção de prioridades. “Se você
não tem operações na China
não vai se preocupar com o
mercado de lá, por exemplo.
A preocupação deve ser com
algo que realmente afete seus
negócios”, analisa o especialista.
Para listar as decisões prioritárias,
Segal afirma que é preciso analisar
de 20 a 30 principais riscos
existentes para a organização e
alerta que o maior deles “é o que
pode surpreender, ou seja, o de não
ter conhecimento dos riscos e dos
cenários de possibilidades”.
De acordo com um estudo
apresentado por ele, nem sempre
a categoria de riscos financeiros
é a mais perigosa. “Os riscos
operacionais e estratégicos mexem
tanto ou mais que os financeiros,
pois estão relacionados diretamente
a estrutura e funcionamento
da companhia. Todos são
relevantes dentro do processo de
gerenciamento”, detalha.
Esse é também o caso de
companhias públicas, cujos
principais problemas a serem
administrados são as crises
políticas, argumenta Carlos
Fernandes, analista de sistemas da
Eletrobras. “Nosso maior risco é
justamente o moral, político. Com
todos os problemas que estão
ocorrendo na conjuntura brasileira,
nós precisamos dimensionar esse
Sim Segal: dicas sobre a tomada de decisão em momentos de adversidade
risco de forma a nos mantermos
estáveis”, avalia.
Edmundo Bittencourt, diretor de
operações da Autopista Fluminense
S/A, considera que o gerenciamento
de riscos é imprescindível para
alcançar resultados satisfatórios.
“É uma estratégia fundamental
para definirmos nossa atuação no
mercado de investimentos, por
exemplo, e estarmos preparados
para os problemas que envolvem
cada negócio”, pondera.
De acordo com Alberto Besser,
superintendente do IEL, o objetivo
do debate é auxiliar empresários
na tomada de decisões. “Diante
da crise econômica atual, o
tema é muito propício para uma
avaliação mais abrangente sobre
como os riscos podem impactar
as operações das companhias,
principalmente pela complexidade e
dinamismo dos mercados”, conclui.
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GERAL
Reprodução TV Viralata