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17 A 23 DE JULHO | CARTA DA INDÚSTRIA

PÁG. 3

CARTA DA INDÚSTRIA –

Quais as principais mudanças

estabelecidas pela revisão das Portarias Inmetro

nº 248/2008 e nº 157/2002?

MARCOS SENNA –

Essas portarias são a internalização,

no Brasil, das Resoluções GMC (Mercosul) Nº 22/02 e

Nº 07/08. A primeira trata de requisitos de rotulagem

aplicados a produtos pré-medidos, enquanto que a

segunda versa sobre requisitos de conteúdo efetivo de

pré-medidos. Apesar de as revisões das portarias ainda

não estarem concluídas, pode-se dizer que, em linhas

gerais, os regulamentos técnicos Mercosul ficarão

mais alinhados às Recomendações Internacionais da

Organização Internacional de Metrologia Legal. Posso

antecipar que haverá um maior detalhamento nas

definições de embalagem, por exemplo.

CI –

Que impacto essas medidas terão para

as empresas?

MS –

No que diz respeito à rotulagem de produtos

pré-medidos não há alterações que impliquem

grandes impactos. Com relação a requisitos sobre

quantidade de produto, os impactos somente poderão

ser avaliados após a aprovação do documento. Ainda

não estão definidos os parâmetros estatísticos, o plano

de amostragem e os critérios para aprovação de lote

de produtos pré-medidos. As tolerâncias individuais

admitidas (diferença tolerada entre o conteúdo efetivo

e a quantidade especificada) continuarão as mesmas.

CI –

Que setores industriais serão os mais afetados?

Que adequações serão necessárias?

MS –

Os produtos pré-medidos correspondem a 85%

de tudo que consumimos no Brasil. Basicamente o que

deve ser analisado é como o fabricante pode atender

aos requisitos da regulamentação. Isso depende

em larga escala da gestão de medição implementada

por cada empresa. Em geral, se existe um controle

adequado do processo de envase, as alterações

introduzidas por uma nova regulamentação são mais

facilmente absorvidas.

CI –

De que forma o Sistema FIRJAN tem colaborado

nesse processo de transição?

MS –

O Sistema FIRJAN tem colaborado com o

Inmetro ao permitir que sejam realizados estudos sobre

a capacidade de seus associados em cumprirem as

exigências da regulamentação metrológica de produtos

pré-medidos. Por sua vez, as empresas também

podem se beneficiar com essa interação. Esse é um

mecanismo importante para que sejam aperfeiçoados

os regulamentos técnicos.

CI –

Qual a importância de se seguir os padrões

estabelecidos pela Organização Internacional de

Metrologia Legal?

MS –

A missão da Organização é permitir que os países

estabeleçam estruturas efetivas de metrologia que

sejam mutuamente compatíveis e internacionalmente

reconhecidas, o que é altamente desejável, considerando

o elevado grau de globalização alcançado pelo comércio

de produtos pré-medidos no Brasil.

CI –

O Inmetro tem algum canal para esclarecer

dúvidas do empresário nessa questão?

MS –

Sim, para esclarecer dúvidas sobre produtos

pré-medidos, o empresário deve contatar a Divisão

de Mercadorias Pré-Medidas (Dimep) pelo e-mail

dimep@inmetro.gov.br

.

Divulgação/Inmetro

O Inmetro trabalha na revisão de duas portarias

que tratam de peso e embalagens de produtos

pré-medidos, categoria que abrange tudo aquilo

que é embalado e medido sem a presença do

consumidor e que se encontra em condições de

comercialização. Em entrevista à Carta da Indústria,

Marcos Senna

, chefe da Divisão de Mercadorias

Pré-Medidas (Dimep), detalha o impacto da medida

para empresas.

NOVA PADRONIZAÇÃO

PARA EMBALAGENS

E

ENTREVISTA