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PÁG. 8

21 A 27 DE AGOSTO | CARTA DA INDÚSTRIA

O Sistema FIRJAN sediou debate

sobre Arbitragem e Regulação em

Telecomunicações, Portos e na

Defesa da Concorrência. O evento,

de iniciativa do Centro Brasileiro

de Mediação e Arbitragem (CBMA),

reuniu importantes especialistas

entre acadêmicos, advogados,

árbitros e profissionais com atuação

no serviço público. O advogado-

geral da União, ministro Luís Inácio

Adams, e a ex-ministra do Supremo

Tribunal Federal (STF), Ellen Gracie,

que vai ocupar a presidência

do Comitê de Compliance da

Federação, prestigiaram o evento.

“Acreditamos que no futuro

poderemos chegar a uma solução

mais rápida pela forma extrajudicial

de resolução de conflitos. É

necessário dizer que o Poder

Judiciário sempre terá a última

palavra em determinadas questões

que não são passíveis de solução por

esta modalidade. Mas tudo aquilo

que possa encontrar na via arbitral

uma solução mais rápida e mais

eficiente nós devemos lutar para que

seja adotado”, relata a ex-ministra.

Márcio Fortes, diretor de Relações

Institucionais do Sistema FIRJAN e

integrante do Conselho Consultivo

do CBMA, também destacou, na

abertura do evento, a importância

deste processo alternativo. “O

objetivo com essa oportunidade

que se abre na legislação é que

possamos ter uma atuação ainda

mais consistente, com todos os

participantes do processo de

julgamento. O Judiciário está

repleto de ações, quando muitos

casos poderiam ser decididos pela

conciliação”, diz.

Esse aspecto foi apresentado pelo

ministro Adams, destacando que

MINISTROS E ESPECIALISTAS DISCUTEM ARBITRAGEM

E REGULAÇÃO EM SEMINÁRIO NO SISTEMA FIRJAN

há 100 milhões de processos

judicializados, sem considerar os

litígios ou conflitos na administração

pública, como as ações nos órgãos

reguladores: “A mediação e a

arbitragem quebram essa dinâmica

de não decisão, valorizam a cultura

do bom comportamento e não só a

mera sanção financeira”, explica.

ASPECTOS DIVERSOS

Durante o evento, foram

apresentados os pontos positivos

de cada modalidade extrajudicial de

resolução de conflitos e discutidas

diversas questões, entre elas a

importância da publicidade dos

laudos dos tribunais de arbitragem,

respeitando a necessidade de

sigilo em casos previstos em lei;

a corrupção e a improbidade

administrativa; e o juízo técnico.

Abraão Balbino e Silva, gerente de

Monitoramento das Relações entre

Prestadoras, da Agência Nacional

de Telecomunicações (Anatel),

explicou que, por ser complexo, o

setor de telecom concentra grande

demanda de resolução de conflitos:

“Cerca de 90% dos processos

intermediados pela Anatel são

decididos internamente e não são

judicializados. Consideramos que

temos um nível elevado de aceitação

das nossas decisões”.

O CBMA é formado pela FIRJAN,

pela Associação Comercial do Rio de

Janeiro (ACRJ) e pela Confederação

Nacional das Empresas de Seguros

Gerais, Previdência Privada e Vida,

Saúde Suplementar e Capitalização

(CNseg). O encontro foi realizado no

dia 7 de agosto.

Luis Inácio Adams, Ellen Gracie e Gustavo Schmidt: debate sobre arbitragem

Antonio Batalha

G

GERAL

“Tudo aquilo que possa

encontrar na via arbitral

uma solução mais

rápida e mais eficiente

nós devemos lutar para

que seja adotado”

Ellen Gracie

Ex-ministra do STF