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18 DE ABRIL A 1º DE MAIO DE 2016 | CARTA DA INDÚSTRIA

E

ENTREVISTA

CARTA DA INDÚSTRIA –

Quais principais projetos de

melhoria que estão sendo desenvolvidos?

MARCUS LIMA –

O Inea trabalha para dar mais

celeridade ao processo de licenciamento e, ao mesmo

tempo, analisar os pedidos de forma mais criteriosa.

A principal iniciativa é a mudança de foco para

prestar mais atenção no pós-licenciamento que na

análise propriamente dita dos papéis e de processos

burocráticos. Chegamos à conclusão que se gastava

muito tempo analisando documentos e menos em

campo, vendo o que de fato estava acontecendo.

CI –

A municipalização do licenciamento para

atividades de baixo impacto ainda gera dúvidas para

o empreendedor, especialmente porque os critérios

variam. O Inea acompanha ou orienta os municípios

para aumentar a eficiência dos processos?

ML –

Ao longo dos últimos anos, orientamos

as cidades, treinamos os servidores para que se

formassem como analistas de licenciamento ambiental.

Hoje temos 52 municípios licenciando e continuamos

monitorando o desempenho de cada um. Porém,

o estado não tem prerrogativa de fiscalizar o que o

município executa. O Inea prepara os municípios e

analisa a qualificação técnica dos seus servidores para

autorizá-los a licenciar.

CI –

Que iniciativas o Inea pretende implementar

para garantir maior agilidade na avaliação do

pedido de licenciamento?

ML –

Reconhecemos que existe uma falha.

Nosso serviço ainda não está no padrão de

excelência que almejamos. Por isso, estamos

implementando diversas medidas para agilizar o

atendimento ao empreendedor. Em breve, estará

disponível um sistema digital que permitirá que o

empresário envie documentos digitalmente, com

assinatura eletrônica. Já começamos a executar

esse sistema em versão de teste. Algumas poucas

atividades estão sendo protocoladas pela plataforma

digital, e vamos ampliá-las ao longo dos próximos

meses. A previsão é que, até o fim do ano, o sistema

esteja em operação.

CI –

Recentemente, o Inea passou a prever a

possibilidade de licenciamento autodeclaratório

para atividades de baixo impacto. Quais setores

estão enquadrados nessa possibilidade?

ML –

O Conselho Estadual de Meio Ambiente

emitiu uma resolução, a partir de uma proposta do

Inea, em que relaciona os tipos de atividades que

serão contempladas no licenciamento ambiental

simplificado e uma série de critérios. Por exemplo,

o empreendimento não pode estar dentro de uma

Unidade de Conservação, nem em faixa marginal

de proteção de rio. Existem parâmetros que

definem quais empreendimentos enquadram-se

no licenciamento autodeclaratório. De acordo

com a metodologia que adotamos, priorizamos os

negócios considerados de baixo impacto ambiental.

Vinicius Magalhães

Criado em 2007 como uma reestruturação do

sistema de licenciamento ambiental fluminense,

o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) trouxe

avanços significativos na desburocratização. Agora,

o desafio é simplificar ainda mais os processos.

Em entrevista à Carta da Indústria,

Marcus Lima

,

presidente do Inea, apresenta as principais metas

de sua gestão e detalha como as empresas podem

garantir maior agilidade na obtenção das licenças

ambientais. Ele participou da reunião do Conselho

Empresarial de Meio Ambiente, realizada em abril,

na sede da Federação.

SIMPLIFICAÇÃO DO

LICENCIAMENTO AMBIENTAL