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27 DE JUNHO A 10 DE JULHO DE 2016 | CARTA DA INDÚSTRIA

A nanotecnologia, que consiste na manipulação

de matérias em escala molecular, traz benefícios

para diversos setores industriais. A tecnologia

revolucionária tem como principal vantagem seu

grande potencial para fabricação de produtos com

alto valor agregado e uma pequena quantidade de

matéria-prima necessária.

De acordo com a especialista Patrícia Lustoza,

membro do Comitê Nacional de Nanotecnologia, essa

engenharia já está presente no mercado em áreas que

vão desde o segmento têxtil à indústria farmacêutica.

No primeiro caso, a tecnologia é utilizada em roupas

com tecidos feitos de nanofibras, já no segundo é

aplicada para produção de fármacos e sistemas de

transporte e armazenamento.

“Além dos produtos já existentes, o que se espera é

que possamos descobrir novas aplicações que sequer

imaginamos. Uma das coisas que a nanotecnologia

pode trazer, por exemplo, é a melhora no

desempenho de células fotovoltaicas, por meio de sua

fabricação com nanoestruturas”, explicou Patrícia.

Uma das empresas que apostou nessa tecnologia

como modelo de negócio é a NanoBusiness

Informação e Inovação. A companhia presta

consultoria na área e, paralelamente, atua como

fornecedora de grandes empresas em segmentos

estratégicos. Entre os serviços que desenvolvem

em conjunto com indústrias de grande porte está

a produção de soluções em nanotecnologia para a

exploração na camada de pré-sal brasileira.

Segundo Ronaldo Pedro da Silva, sócio-fundador

da empresa, apesar de envolver um grande risco,

investimentos nessa área têm grande potencial de

retorno: “No estado do Rio, há também um espaço

interessante para o fortalecimento da marca de

cidade inteligente. Mas para adotar a nanotecnologia

nos processos, é preciso entender que há um custo

de mudança”.

EDITAIS DE APOIO

Para fomentar o desenvolvimento dessa área

tecnológica para gerar inovações, a Fundação de

Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro

(Faperj) lançará, até o final do ano, dois editais na

área. Um para o apoio a redes de pesquisa e outro

para suporte a projetos de

startups

. “Identificamos a

nanotecnologia como um dos setores com grande

potencial econômico para o estado”, afirmou Augusto

da Cunha Raupp, presidente da Faperj.

Bruno Gomes, diretor de Inovação do Sistema FIRJAN,

destaca que a iniciativa vai ao encontro de ações

propostas no Mapa do Desenvolvimento do Estado

do Rio de Janeiro 2016-2025. “É parte dos nossos

objetivos o fomento à inovação em áreas estratégicas,

como a nanotecnologia, e o estímulo a empresas

de base tecnológica para fortalecimento da cadeia

produtiva”, disse.

O tema foi discutido no workshop “Pesquisa e

Inovação em Nanotecnologia no Estado do Rio de

Janeiro: do laboratório à linha de produção”, realizado

pela Faperj e pelo Centro Brasileiro de Pesquisas

Físicas (CBPF), com apoio da Federação. O evento

aconteceu em 14 de junho.

NANOTECNOLOGIA É ÁREA PROMISSORA PARA GERAR

INOVAÇÕES EM SETORES ESTRATÉGICOS PARA O ESTADO DO RIO

A empresa NanoBusiness usa a nanotecnologia para

oferecer soluções de exploração na camada de pré-sal

Divulgação/NanoBusiness

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