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25 DE JULHO A 7 DE AGOSTO DE 2016 | CARTA DA INDÚSTRIA
Marcelo Calero e Luiz Carlos Barreto: Sicav apresentou propostas para estimulara o setor
Segundo o mapeamento do
Sistema FIRJAN, os profissionais
da indústria criativa já representam
2,3% do mercado de trabalho
fluminense. Uma das áreas
que mais se desenvolveu nos
últimos anos é a do audiovisual,
impulsionada por políticas públicas
como a criação do Fundo Setorial e
a promulgação da Lei nº 12.485/11.
Para manter esse crescimento, é
preciso avançar em medidas como
a reestruturação do Conselho
Superior de Cinema, principal pleito
dos empresários do setor e um dos
desafios enfrentados pelo ministro
da Cultura, Marcelo Calero.
Calero reconhece que, para manter
o ritmo de crescimento, é preciso
intensificar o diálogo entre governo
e indústria. De acordo com o
ministro, sua gestão terá como
meta posicionar a cultura brasileira
como um dos eixos estratégicos
de desenvolvimento do país. Um
dos caminhos que viabilizará a
atração de investimentos é a criação
da Secretaria de Economia da
Cultura. Para dar mais celeridade
ao atendimento de demandas dos
empreendedores, Calero planeja
estruturar uma coordenadoria
específica para marcos legais.
BENEFÍCIOS PARA O ESTADO
Ele acredita que o estado do Rio
será um dos principais beneficiários
dessas medidas: “O Rio tem
potencial de atração de negócio.
Além de ser o principal produtor de
audiovisual do Brasil, o estado tem
um poder de influência enorme”.
Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira,
presidente do Sistema FIRJAN,
acredita que investir na gestão
responsável do audiovisual
melhorará o ambiente de negócios
e desenvolverá a indústria criativa
como um todo. “O Rio se destaca
em capacidade de reflexão, talento e
a forma como vê o Brasil. Por isso o
crescimento do audiovisual no estado
é tão significativo. É importante que
os representantes do ramo estejam
sensíveis à agenda pública. Este
setor é de grande importância para a
economia brasileira”, justificou.
Para o cineasta Luiz Carlos Barreto, o
apoio da Federação foi imprescindível
para o fortalecimento do audiovisual
fluminense: “A FIRJAN tem um grupo
setorial dedicado a este tema, em
Renata Mello
“Esperamos que a
política para o setor seja
efetivamente discutida e
traçada de forma ampla”
Silvia Rabello
Presidente do Sicav
que são aprofundadas questões
essenciais e, partir disso, formuladas
políticas para atender aos pleitos dos
produtores. Creio que, desse grupo,
surgirá mais um estudo de relevância
que servirá de subsídio para o
Ministério de Cultura e a Secretaria
de Audiovisual”.
Para a presidente do Sindicato da
Indústria Audiovisual (Sicav), Silvia
Rabello, reorganizar o Conselho
Superior de Cinema deve ser
prioridade. “Uma vez nomeado e
representativo, esperamos que a
política para o setor seja efetivamente
discutida e traçada de forma ampla”,
observou Silvia, que entregou ao
ministro um dossiê com estudos e
informações técnicas referentes ao
setor audiovisual.
O tema foi discutido durante o
almoço, promovido pela FIRJAN
e Sicav, que reuniu o ministro da
Cultura e produtores associados ao
Sindicato. O encontro aconteceu em
11 de julho, na sede da Federação.
GESTÃO ESTRATÉGICA E ATRAÇÃO DE INVESTIMENTOS SÃO
PROPOSTAS PARA DESENVOLVER O SETOR AUDIOVISUAL FLUMINENSE
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GERAL