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31 DE OUTUBRO A 13 DE NOVEMBRO DE 2016 | CARTA DA INDÚSTRIA

ESPECIALISTAS DEFENDEM O USO DE NOVAS FERRAMENTAS PARA

AUMENTAR A EFICIÊNCIA DO SEGMENTO DE ALIMENTOS E BEBIDAS

A indústria de alimentos e bebidas

do estado do Rio produz cerca de

R$ 20 bilhões em faturamento bruto

por ano, segundo o IBGE. Contudo,

por outro lado, mais de 50% dos

produtos consumidos internamente

são importados. Dados como

esses mostram que o setor ainda

tem espaço para crescer dentro

dos mais modernos conceitos de

competitividade do mundo.

Para o presidente do Sindicato

das Indústrias de Panificação e

Confeitaria de Petrópolis (Sindpães),

Roberto Badro, devido ao aumento

no número de empresas e da

variedade de produtos no mercado,

este é o melhor momento para

tornar o setor mais competitivo.

“Há soluções para facilitar o setor

produtivo no aperfeiçoamento e

desenvolvimento de produtos. Neste

momento de retração econômica,

é hora de investir na inovação dos

negócios”, avalia.

De fato, existem diversas

ferramentas para fomentar a

competitividade da indústria de

alimentos e bebidas. Uma delas

é a Total Productive Maintenance

(TPM). O consultor de Serviços

Tecnológicos do Sistema FIRJAN,

André Luis Dorner, explica que o

objetivo da metodologia é zerar

acidentes, defeitos de produção,

poluição no processo produtivo

e quebra de equipamentos:

“Otimizando a cadeia produtiva e

evitando desperdícios, é possível

aumentar a qualidade dos produtos,

diminuir os custos de produção

e criar um ambiente de trabalho

saudável e positivo para os

colaboradores”.

As empresas também devem investir

em controle de qualidade para

aumentar a competitividade dos

seus negócios, como indica o

doutor em engenharia do ICJR

Treinamento & Desenvolvimento,

Itamar Carvalho Júnior. “A

qualidade se tornou o mais

importante fator de decisão

para o consumidor na hora de

selecionar produtos e serviços

oferecidos por empresas em

competição. Investir no controle

estatístico de processos resulta na

redução de perdas e em ganhos

de participação de mercado,

o que aumenta o retorno

financeiro”, explica.

A produção eficiente passa ainda

pelo planejamento e gestão das

métricas básicas da competitividade,

como custos, prazos, desempenho

e qualidade. Segundo o engenheiro

de produção e professor da COPPE/

UFRJ, Heitor Caulliraux, essa questão

é mais sensível às micro, pequenas

e médias empresas. “A fidelização

do cliente é essencial para manter o

potencial competitivo da empresa.

Por isso, é necessário planejar a

produção de acordo com o espaço

que aquela indústria tem disponível.

Quando não for possível um regime

de produção em escala, ou seja,

com plantas diferentes para

produções distintas, a saída pode

ser investir e priorizar produtos mais

relevantes para a lucratividade da

empresa”, aponta.

Os programas aplicados à indústria

e os desafios da gestão de negócios

foram debatidos no Fórum IEL de

Gestão Empresarial para o setor de

alimentos e bebidas, que aconteceu

em 18 de outubro, na sede da FIRJAN.

André Luis Dorner apresenta a ferramenta TPM, que otimiza a cadeia produtiva do setor

“Neste momento de

retração econômica,

é hora de investir na

inovação dos negócios”

Roberto Badro

Presidente do Sindpães

Fabiano Veneza

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