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31 DE OUTUBRO A 13 DE NOVEMBRO DE 2016 | CARTA DA INDÚSTRIA
A construção de um ecossistema
inovador passa pela convergência
de diversos fatores. Entre eles, um
dos mais importantes é o estímulo
às empresas de base tecnológica,
responsáveis por gerar produtos
e serviços inovadores que
otimizam os processos industriais.
Para apoiar o surgimento
e desenvolvimento dessas
empresas, as aceleradoras de
startups desempenham um papel
primordial. Essas organizações
funcionam como um espaço no
qual é fornecida infraestrutura de
apoio para que empreendedores
consigam transformar seus
protótipos em produtos
consistentes para o mercado.
“Basicamente, as aceleradoras
desenvolvem programas com
duração limitada, geralmente
com três meses, e ajudam as
startups com o processo do novo
empreendimento, fornecendo
uma pequena quantidade de
capital, espaço de trabalho,
oportunidades de
networking
e mentoria com empresários e
investidores”, explicou Newton
Ramos, professor da Fundação
Getulio Vargas (FGV).
Segundo o especialista, mais
do que criar mecanismos para
fortalecer a gestão das grandes
companhias, o cenário atual
demanda a concentração
de esforços para viabilizar o
desenvolvimento de empresas
nascentes. “Mais recentemente,
observamos o surgimento e
propagação das aceleradoras em
muitos países do mundo, trazendo
um novo tipo de organização para
a economia. Seu objetivo é atrair
e selecionar startups com alto
potencial de impacto”, disse.
“Com a aceleração da Shell,
dispomos de uma equipe de
consultores que auxiliou no modelo
de negócios e no planejamento
de mídia, para fortalecer nossa
empresa. Com o Sistema FIRJAN,
encontramos uma forma de
desenvolver o produto e testar nossa
tecnologia. São iniciativas que se
complementam”, afirmou Henrique
Drumond, sócio-fundador da Insolar.
O empreendedor destaca que
a parceria e a assistência de
instituições que dispõem de
infraestrutura e conhecimento
técnico foram fundamentais para o
sucesso de seu negócio. “A Insolar
foi privilegiada porque passou por
todas as etapas do processo de
aceleração. Acho que, se outras
instituições seguirem o exemplo
da FIRJAN, estaremos em um
bom caminho para fortalecer o
empreendedorismo no estado do
Rio”, defendeu.
ACELERAÇÃO DE EMPRESAS DE BASE TECNOLÓGICA
FORTALECE ECOSSISTEMA DE INOVAÇÃO PARA INDÚSTRIA
No Brasil, o panorama das
aceleradoras aponta que há grande
espaço para investimentos nessa
área. Atualmente, há cerca de 40
organizações com esse foco em
atividade no país, que já ajudaram
no crescimento de mais de 1.100
startups. No estado do Rio, uma
das empresas que conseguiram se
expandir por meio de aceleração é a
Insolar, negócio social voltado para
difusão da energia solar.
A startup integrou um programa
internacional da Shell para apoio
a projetos na área de energia, o
que possibilitou que ampliassem a
implantação de placas fotovoltaicas
em residências na comunidade Santa
Marta, em Botafogo. Paralelamente,
com apoio dos Institutos SENAI
de Tecnologia (IST) Ambiental e
Automação e Simulação, a empresa
criou o Ombrelone Solar, cujo
protótipo foi testado nos Jogos
Olímpicos Rio 2016.
A Plankton Brazil produz no ISI Química Verde um sistema de cultivo de microalgas
Fabiano Veneza
C
MATÉRIA
DE CAPA