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3 a 16 de abril de 2017 | CARTA DA INDÚSTRIA

PORTAL ÚNICO: Novo Processo de Exportação Simplificará

operações de comércio exterior PARA INDÚSTRIAS

O novo processo de exportação do

Portal Único do Comércio Exterior

trará mais agilidade e simplificação

para as empresas que realizam

vendas externas. Lançada pelo

Ministério da Indústria, Comércio

Exterior e Serviços (MDIC), a

iniciativa deverá reduzir em 40%

o tempo médio dessas operações

e em 60% o preenchimento de

informações. A implantação do

Portal Único é um dos pleitos

do Sistema FIRJAN, que ajudou

em seu projeto de estruturação.

A conclusão do programa é

uma das propostas do Mapa do

Desenvolvimento do Estado do Rio

de Janeiro 2016-2025.

A primeira etapa da iniciativa

atingirá cerca de 25 mil empresas

em todo o país e mais de 5 milhões

de operações de exportação.

Além da declaração única, há

benefícios como a automatização

da checagem de informações e a

realização de fluxos processuais

de forma paralela, e não mais

sequenciais, para reduzir o tempo

dos processos.

Renato Agostinho, diretor do

Departamento de Operações de

Comércio Exterior (Decex) do

MDIC, ressalta que as mudanças

foram feitas a partir da avaliação,

em conjunto com a FIRJAN e o

setor privado, de que havia etapas

redundantes. Com a iniciativa, o

portal reduz de 98 para 36 os dados

exigidos às empresas.

“Antes, uma mesma informação

era prestada várias vezes. Temos

exemplos emblemáticos disso

como o CNPJ, que chegava a ser

apresentado 18 vezes durante

um processo. A partir de agora,

uma vez reportado um dado, ele

grandes gargalos enfretados pelas

empresas: o excesso de informações

a serem prestadas ao longo das

etapas de exportação.

“Para nossa companhia, que

vende para o exterior cerca de

96% da produção, é um avanço

significativo. Trata-se de uma

forma moderna e inovadora de

exportar. O país que tem pretensão

de competir internacionalmente

tem que simplificar processos”,

afirmou Keiper.

Ele lembra que, desde o início

do lançamento do Portal Único,

em 2014, houve melhorias para

desburocratizar as operações.

Keiper acredita que a ampliação

dos serviços favorecerá a

competitividade da indústria

brasileira. “A burocracia aumenta os

custos das empresas. Isso porque

somos obrigados a ter uma equipe

maior para processar mais dados.

Na contramão da crise, crescemos

13% em 2016 nas exportações.

será aproveitado para todos os

controles”, ressaltou o diretor.

Neste primeiro momento são

contempladas as exportações feitas

pelo modal aéreo, que demanda

menos integrações sistêmicas,

abrangendo os aeroportos Galeão,

Guarulhos, Viracopos e Confins.

Segundo o cronograma do

governo, a etapa de importação

e os demais modais serão incluídos

até o final de 2017.

DESBUROCRATIZAÇÃO

Uma das principais mudanças do

novo processo é a redução de

etapas e de declarações pedidas

pelos órgãos anuentes. Em

substituição à exigência de três

documentos, haverá a Declaração

Única de Exportação (DU-E), cujas

informações serão integradas com

a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) das

mercadorias a serem exportadas.

Para Ricardo Keiper, diretor de

Supply Chain da GE Celma, a

medida irá combater um dos

c

COMÉRCIO

EXTERIOR

A primeira etapa do novo processo beneficiará cerca de 25 mil empresas no Brasil

Guarim de Lorena