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PÁG. 7

17 A 30 DE ABRIL DE 2017 | CARTA DA INDÚSTRIA

“Investir é uma escolha importante,

pois é dessa forma que os estados

movimentam a economia. É

necessário que medidas para

combater o desequilíbrio fiscal

sejam tomadas, porque as

empresas e a população são

as grandes penalizadas com

problemas como a falta de

pagamento para o funcionalismo e

de recursos para oferta de serviços

essenciais”, disse Duarte, que é

presidente da Vitális/Chinezinho

6 medidas propostas pela FIRJAN

e do Sindicato das Indústrias de

Alimentos do Município do Rio de

Janeiro (Siarj).

Uma das propostas da FIRJAN para

evitar uma situação de solvência

entre os estados é a adoção de

um amplo programa de venda de

ativos, concessões e privatizações.

Para Duarte, essas medidas trariam

relevante alívio aos orçamentos

estaduais, colaborando para seu

reequilíbrio. “Uma empresa, quando

tem queda de receita, como os

estados tiveram com a crise,

cortam gastos e se tornam mais

enxutas para equilibrar a receita

com a despesa. Os estados também

devem fazer isso, inclusive abrindo

mão de patrimônios que estão

subutilizados”, disse.

A íntegra do estudo “A Situação

Fiscal dos Estados Brasileiros”

está disponível no

link

www.firjan.com.br/publicacoes.

1

LIQUIDEZ

Em alguns estados há escassez de recursos

para pagar funcionários e fornecedores.

Como medida emergencial para evitar o

agravamento desta situação, é necessário que a União

faça empréstimos equivalentes à necessidade de caixa

existente nos estados em crise fiscal. Essa medida

poderia ser estendida a Sergipe e ao Distrito Federal.

2

DÍVIDA

A renegociação deve contemplar apenas

os estados cujas dívidas ultrapassaram o limite

imposto pela LRF. Além da suspensão

do pagamento de juros e amortizações por até seis

anos, sugere-se a renegociação dessas dívidas

com base na extensão do prazo de pagamento,

porém sem nova alteração do indexador já aplicado

a todos os estados.

3

PRIVATIZAÇÕES, CONCESSÕES

E VENDA DE ATIVOS

Os estados devem lançar mão de um amplo

programa de privatizações, concessões e

venda de ativos.

4

PREVIDÊNCIA

A reforma em discussão no Congresso

Nacional deve incluir os servidores estaduais,

caso contrário o déficit seguirá em trajetória

explosiva. O equilíbrio atuarial também depende do

aumento das alíquotas de contribuição previdenciária

(contribuição do segurado e contribuição patronal) e

da divisão das despesas com inativos e pensionistas

entre os poderes.

5

DÉFICIT ZERO

com o objetivo de garantir a eficácia do Regime

de Recuperação Fiscal (RRF) e evitar a necessidade

de adesão de outros estados a ele no futuro,

propõe-se o estabelecimento de duas novas regras fiscais

para os estados:

Déficit Total Zero para os estados que aderirem ao RRF.

Após o período de carência, precisariam acumular superávit

primário equivalente ao seu custo com juros e amortização.

Durante o período de carência, não poderiam registrar

déficit primário.

Déficit Primário Zero para todos os estados, mesmo

aqueles que não aderirem ao RRF. Isso significa que não

podem gastar mais do que arrecadam no ano.

6

RESTOS A PAGAR

Propõe-se que em todos os anos de mandado,

a gestão estadual tenha recursos financeiros

suficientes para fazer frente às despesas que

foram postergadas para o ano seguinte, evitando que os

restos a pagar se transformem em dívida consolidada.