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PÁG. 9

1º A 14 DE MAIO DE 2017 | CARTA DA INDÚSTRIA

O estado do Rio conta com

126 projetos de Parcerias Público-

Privadas (PPPs) e concessões que

têm condições de serem licitados

em até um ano, podendo gerar

117 mil empregos, segundo cálculos

do Sistema FIRJAN. Atualmente, das

89 PPPs vigentes no Brasil, apenas

nove são do estado do Rio. O

potencial de investimentos é de

R$ 41,1 bilhões.

“Temos hoje uma situação paradoxal

no país, com tudo pronto para

iniciarmos diversos projetos, mas

com uma burocracia que atua como

nosso maior inimigo”, afirma Mauro

Viegas Filho, presidente do Conselho

de Infraestrutura da Federação.

Atualmente, os processos licitatórios

podem demorar por volta de dois

anos, mas, de acordo com a FIRJAN,

é possível diminuir esse tempo para

cerca de 240 dias.

Para destravar investimentos,

é preciso realizar um conjunto

de ações, tais como: selecionar

projetos com viabilidade econômica

e que atendam aos interesses

sociais; ter transparência na

estruturação e garantir acesso a

todas as informações para todos os

interessados; construir uma robusta

base de garantias financeiras e

jurídicas, sem mudanças de regras;

e alocar responsabilidades e riscos,

sem que o estado assuma riscos

do negócio e sem que o investidor

assuma responsabilidades do

ente público.

“Uma boa análise dos fatores de

risco deve ser a base de todo o

processo, desde a decisão de

realizar uma PPP à estruturação

do edital. O Brasil possui poucas

PPPs por causa da fragilidade dos

projetos, não por falta de recursos.

PPP

S

E CONCESSÕES SÃO OPORTUNIDADES PARA O ESTADO DO RIO,

MAS PRECISAM TER SEUS INVESTIMENTOS DESTRAVADOS

Faltam bons projetos, com garantias

financeiras e jurídicas claras”, disse

Riley Rodrigues, gerente de Estudos

de Infraestrutura da FIRJAN.

Ainda assim, para sair do

papel, os projetos de PPPs e

concessões precisam de canais de

financiamento. O Banco Nacional

de Desenvolvimento Econômico e

Social (BNDES), a Caixa Econômica

Federal (CEF) e os Fundos de

Desenvolvimento regionais são

algumas fontes de recurso.

“O cenário atual permite à Caixa

apoiar todos os setores passíveis

de alianças público-privadas.

Faremos o que for necessário para

desonerar as prefeituras e levar

um serviço de maior qualidade

à população”, explicou o vice-

presidente da Caixa Econômica

Federal, Roberto Sant’Anna.

A CEF e a FIRJAN estruturam uma

parceria para realizar, em todas

as Representações Regionais, um

evento com prefeitos e empresários

Mauro Viegas Filho acredita que a burocracia atrasa projetos de PPPs no Brasil

Renata Mello

para apresentar os projetos potenciais

nos municípios e as linhas de

financiamento para a execução.

Do total de projetos viáveis no

estado do Rio, levantados em ação

do Mapa do Desenvolvimento

2016-2025, 33 são de competência

do estado, tendo como setores

potenciais as rodovias e o

saneamento. Já os outros 93 são

da alçada municipal, com destaque

para as áreas de iluminação pública,

saneamento, resíduos sólidos e

mobilidade urbana. A expansão da

linha 2 do metrô (Estácio-Praça XV),

por exemplo, é uma das grandes

apostas de PPP, com valor de

R$ 450 milhões de investimento

necessário para colocar a linha

em funcionamento.

Para contribuir com o debate e

agilizar o processo, o Sistema FIRJAN

reuniu investidores, representantes

do governo e instituições financeiras

no seminário “PPPs e concessões:

destravando investimentos no estado

do Rio”, em 19 de abril.

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GERAL