11
CARTA DA INDÚSTRIA
www.firjan.com.bros resultados das licitações. A perspec-
tiva de novos negócios traz ânimo para
a indústria.
Adolpho Souza, gerente de Desen-
volvimento de Negócios da Schlumber-
ger, acredita que os blocos da Bacia de
Campos oferecidos na 14ª rodada pode-
rão dar retornos mais rápidos à empresa,
uma vez que já existe boa infraestrutura
no local. “Em Macaé, temos nossa maior
base de operações
offshore
do mundo.
Vemos nessas rodadas uma ótima opor-
tunidade de colocar nossa capacidade
instalada a serviço dos clientes”, afirma.
Já Henrique Osório, diretor-presiden-
te da Sacor Siderotécnica, afirma que a
chegada de novos investidores aumenta
o leque de potenciais clientes. Ele explica
que fornecedores do mercado de óleo e
gás se preocupam com escala e, por isso,
são qualificados para atender todo o Bra-
sil; portanto, não importa o estado onde
o bloco exploratório esteja situado.
Como a Sacor, localizada em Du-
que de Caxias, é uma das líderes no seg-
mento de proteção catódica contra cor-
rosão no Brasil, Osório enxerga maior
oportunidade na exploração
offshore
de
águas ultraprofundas. “O presidente da
Petrobras, Pedro Parente, anunciou re-
centemente que os custos de extração
do petróleo do pré-sal estão em US$ 8
por barril, o que aumenta a atratividade”,
analisa o empresário.
Além disso, com o fim da obrigato-
riedade da operação única da Petrobras
no pré-sal, a 2ª e 3ª rodadas de parti-
lha de produção dessas áreas, marcadas
para 27 de outubro, contribuem para a
dinamização da indústria e consequen-
te elevação do nível de investimentos. “A
flexibilização destrava o segmento, tra-
zendo competitividade com operadores
de capacidade financeira, operacional e
distintos níveis de tolerância a risco. O
mercado só tem a ganhar com isso”, ava-
lia Adolpho Souza.
PERSPECTIVAS PARA OS
CAMPOS MADUROS
O estado do Rio concentra mais de
60% da produção total de petróleo e gás
do país, além de ser referência na cons-
trução naval. Por isso, é o centro de deci-
são das indústrias do segmento, onde as
principais empresas deste mercado pos-
suem escritórios. O status também é atri-
buído a uma cadeia fornecedora forte e à
presença de instituições voltadas ao de-
senvolvimento de inovação para o setor,
como os Institutos SENAI de Tecnologia
(ISTs) e o Parque Tecnológico da Univer-
sidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
O estado do Rio não oferece oportu-
nidades de exploração
onshore
, mas con-
centra grande parte das áreas que serão
ofertadas nas próximas rodadas de lici-
tação. A FIRJAN atua como interlocutora
para ampliar o mercado da cadeia de for-
necedores fluminenses, seja em ambien-
tes maduros ou em novas áreas. “Identifi-
camos que nossas empresas podemope-
rar em âmbito nacional, principalmente
as pequenas e médias, que têm menos
oportunidades no
offshore
”, explica Raul
Sanson, vice-presidente da Federação.
“
O presidente da
Petrobras, Pedro Parente,
anunciou recentemente
que os custos de extração
do petróleo do pré-sal
estão em US$ 8 por
barril, o que aumenta a
atratividade”
H
enrique
O
sório
,
diretor
-
presidente
da
S
acor
S
iderotécnica