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CARTA DA INDÚSTRIA
www.firjan.com.brCI – Quais são as prioridades a partir
da reestruturação da Camex?
Marcela Carvalho:
A vinda da Camex
para o MDIC reforça seu papel técni-
co, pois se trata do ministério onde são
elaboradas diversas medidas importan-
tes para o setor exportador, tanto da
indústria quanto de serviços. Por isso,
nossas prioridades são fazer com que os
processos em termos de defesa comer-
cial, interesse público e lista de exceção
funcionem. Queremos que as decisões
se tornem, de fato, resoluções em cur-
to prazo, a exemplo de ter conseguido
publicar no Diário Oficial 12 resoluções
Camex em três dias, como fizemos. São
medidas importantes porque têm im-
pacto direto no dia a dia das indústrias.
Destaco também a criação de um
om-
budsman
de investimentos diretos, que
vai beneficiar os investidores nacionais
e internacionais, assim como facilitar a
governança e a internacionalização das
empresas. Temos também uma agenda
regulatória de comércio exterior, devido
à necessidade de maior transparência.
O retorno da Secretaria Executiva da Câmara de Comércio
Exterior (Camex) ao Ministério da Indústria, Comércio
Exterior e Serviços (MDIC), de onde partem as principais
políticas da área, tem o potencial de facilitar o ambiente de
comércio para as empresas e estimular a internacionalização.
Marcela Carvalho, secretária executiva da Camex, apresentou
as novas prioridades do órgão durante o Conselho
Empresarial de Relações Internacionais do Sistema FIRJAN.
Foto: Vinícius Magalhães
Além disso, daremos o suporte neces-
sário ao Conselho de Ministros e ao Co-
mitê Executivo de Gestão da Câmara de
Comércio Exterior (Gecex), para uma de-
liberação mais ágil em negociações co-
merciais e facilitação de comércio, que
eliminam custos e burocracias e melho-
ram o ambiente de negócios.
CI – Qual será a política em relação à
defesa comercial e à atuação doDepar-
tamentodeDefesaComercial da Secre-
taria de Comércio Exterior (Decom)?
Marcela Carvalho:
A Camex é a autori-
dade brasileira competente para aplicar
medidas de defesa comercial, enquanto
o Decom é a autoridade investigadora,
com objetivo de neutralizar efeitos de
práticas desleais de comércio de deter-
minado país ou grupo de países. Julga-
mos que a atuação do Decom sempre
foi muito técnica e em conformidade
com o que está estabelecido dentro do
acordomultilateral, da legislação interna
e do decreto que rege os procedimentos
de investigação de medidas de defesa