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ANO XVIII | 756 | NOVEMBRO | 2017

Sistema FIRJAN

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REFORMA TRABALHISTA

Principais dúvidas dos empresários

Dantas, que também preside o Sindicato

da Indústria de Produtos Cosméticos e Hi-

giene Pessoal do Estado do Rio de Janeiro

(Sipaterj) e o Conselho Trabalhista e Sindi-

cal da FIRJAN.

Outra mudança que ele estuda im-

plantar é a adoção do teletrabalho, ou

home office

, para profissionais de deter-

minadas áreas da companhia, o que, além

de reduzir custos, poderia colaborar para

a otimização das funções desenvolvidas

por eles. “Para a minha empresa, será po-

sitivo que os empregados que trabalham

com marketing digital, por exemplo, pos-

sam fazê-lo de casa, até porque a ativida-

de que realizam não demanda presença

física no ambiente de trabalho”, pontua.

PRODUTIVIDADE

O economista da PUC, Gustavo Gon-

zaga, enxerga relação entre a alta rota-

tividade nas empresas – prática comum

na realidade do brasileiro desde os anos

1990 – e o cenário de baixa produtivida-

de. Segundo o economista, é perceptí-

vel o aumento de rompimento de rela-

ções trabalhistas próximos aos seis e aos

12 meses de contrato. Dados do Ministé-

rio do Trabalho e Emprego mostram que,

em 2013, menos de 25% dos colabora-

dores tinham mais de quatro anos dentro

de uma empresa, enquanto cerca de 40%

foram contratados há menos de um ano.

“A legislação antiga possuía diversos

pontos que incentivavam tanto a empresa

quanto o trabalhador a quererem romper

constantemente a relação profissional, o

que desestimula o investimento em trei-

namento, fator primordial para a acumu-

lação de conhecimento pelos trabalha-

dores. Assim, o empresário, por medo de

não se apropriar do retorno desse investi-

mento, não o fazia”, analisa Gonzaga.

Entre os dispositivos que incenti-

vavam a rotatividade, Gonzaga desta-

ca, pelo lado do trabalhador, a interliga-

ção do sistema de FGTS com o seguro-

MATÉRIA DE CAPA

Como fica a homologação

da rescisão?

1

A nova lei se aplica aos

contratos de trabalho

anteriores à sua publicação?

2

Na modalidade

home office

,

como é o controle da jornada

de trabalho? E quem paga?

3

O tempo de deslocamento

conta como jornada?

4

Se houver parcelamento das

férias, como fica o abono?

5

O que poderá ser negociado

de forma individual com o

trabalhador?

6

O empregador pode fixar

uma remuneração baseada

em produtividade?

7

Qual será a regra válida para a

demissão em comum acordo?

8

Como funciona a dispensa

coletiva?

9

O que muda no banco

de horas?

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