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Aumentar a competitividade para

retomar o crescimento. Este é

o principal desafio da indústria

fluminense de petróleo e gás, na

avaliação de especialistas do setor.

Uma das respostas do Sistema

FIRJAN para encontrar soluções

que vão ao encontro dessa

medida é o Mapeamento da Base

Industrial do Rio de Janeiro. O

projeto, desenvolvido em parceria

com a Organização Nacional da

Indústria do Petróleo (Onip), visa

o desenvolvimento de ações e

projetos que contribuam para a

melhoria do ambiente de

negócios e da competitividade

das empresas associadas.

A gerente de Petróleo, Gás e Naval

do Sistema FIRJAN, Karine Fragoso,

acrescenta que a motivação para

realizar esse projeto é conhecer

melhor a capacidade instalada da

indústria fluminense, bem como

seus desafios, “de forma a melhor

promover a indústria local e

alcançar uma agenda convergente

de trabalho para o desenvolvimento

do mercado de petróleo e gás”.

De acordo com Karine, os desafios

deste mercado começam pelo

baixo preço do barril, e pelo cenário

de exploração do pré-sal com

operador único. “Esse cenário é

acentuado pela falta de perspectivas

de novas demandas no curto prazo”,

analisa a gerente.

Segundo o diretor-geral da Onip,

Eloi Fernández y Fernández, a

meta é criar uma política industrial

específica para o setor. “A ideia

é trabalhar com um alvo de 100

empresas do estado, de todas as

camadas da rede de fornecedores.

O projeto deve prosseguir até abril

de 2016. No fim, será possível

construir um portfólio de serviços

e produtos mais ajustados às

necessidades da indústria”, planeja.

SAÍDAS ALTERNATIVAS

Fernández y Fernández considera

que a busca por soluções

competitivas é o caminho

para sair da estagnação que as

empresas petrolíferas enfrentam.

“O mercado de petróleo,

reconhecidamente, vive uma

profunda crise no Brasil, por

questões internas e agravadas

pelo novo patamar de preços

internacionais. A redução dos

investimentos e dos custos levou

a uma queda sem precedentes

na demanda. Nesse cenário, os

desafios para os fornecedores

são enormes. Cortes de

orçamento e otimização de

gestão são medidas inevitáveis”.

Para Raul Sanson, vice-presidente

do Sistema FIRJAN, o atual cenário

de redução da demanda exige um

reposicionamento das indústrias,

NOVOS DESAFIOS DA BASE INDUSTRIAL

DO RIO DE JANEIRO

de forma a se adequarem à atual

realidade de mercado. É preciso

que as empresas tenham uma

gestão eficiente do fluxo de

caixa. "Em um momento de

instabilidade, a eficiência

operacional se sobrepõe no

sentido de superar os desafios

do mercado. Para isso, é

importante olhar para dentro da

organização e identificar o que

pode ser otimizado nos processos

produtivos", afirma Sanson.

Para Paulo Cesar Martins,

diretor-presidente da ABESPetro, é

necessário contar com uma política

industrial abrangente: "Precisamos

de uma política industrial de médio

e longo prazo com olhar para a

exportação e que contemple o

atendimento a múltiplos clientes".

NOVAS OPORTUNIDADES

No entanto, Fernández y Fernández

ressalva que apesar da redução,

os investimentos e custeio

M

MERCADO

A retomada do crescimento é um dos principais desafios do setor de petróleo e gás

Banco de imagem/iStock

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OUTUBRO DE 2015 | CARTA DA INDÚSTRIA