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“Enquanto os blocos

do pré-sal não são

desenvolvidos, uma

motivação seria o

reconhecimento de

conteúdo local de

investimentos das

operadoras no Brasil"

José Mauro Ferreira

Diretor comercial da

FMC Technologies Brasil

Divulgação/FMC Technologies Brasil

representam valores relevantes.

Por isso, deve-se estar atento

a novas oportunidades,

principalmente para aproveitar

este momento para definição de

novas estratégias e adaptação a

novos produtos e serviços.

Nesse sentido, José Mauro

Ferreira, diretor comercial da

FMC Technologies Brasil, diz que

é preciso desenvolver clientes,

e não fornecedores. O desafio é

como atrair investimentos das 14

operadoras, além da Petrobras,

que adquiriram 45 blocos de

petróleo em áreas profundas

para desenvolver campos

no país ou como a indústria

brasileira pode participar de seus

desenvolvimentos internacionais.

“Enquanto esses blocos do

pré-sal não são desenvolvidos,

uma motivação seria o

reconhecimento de conteúdo

local de investimentos das

operadoras, como, por exemplo,

a compra de equipamentos

brasileiros para usá-los em seus

projetos no exterior”, sugeriu

Ferreira. Ele justificou que esse

tipo de iniciativa é excelente, pois

cria demanda imediata e ajuda a

internacionalização da indústria.

A FMC Technologies foi buscar

melhores práticas em indústrias

mais avançadas, com maior escala

de produção. Foram pesquisados

processos utilizados na fabricação

de automóveis e aeronaves, para

melhor eficiência da produção

com foco na redução de custos.

A empresa passou a adotar o

modo de produção

lean

e a usar

de prototipagem.

Outra direção tomada foi buscar

convergência de tecnologias

para desenvolver equipamentos

mais simples, mantendo ou

aumentando sua funcionalidade,

com custo menor, a exemplo

do que ocorreu na indústria

eletrônica, assinalou.

Para Sanson, as empresas

precisam planejar ações visando

melhorias de produtividade

para quando a demanda voltar.

“A demanda mundial não

acompanhou o crescimento da

oferta de petróleo. Hoje temos uma

retração de investimentos, mas as

oportunidades devem voltar a ser

exploradas. O Brasil tem reservas

muito grandes no pré-sal”, concluiu.

DESVERTICALIZAÇÃO DA

CADEIA DE SUPRIMENTOS

Por sua vez, Cezar Vasquez,

diretor-superintendente do

Sebrae/RJ, lembra que a cadeia

produtiva do petróleo trabalha

com alto grau de desverticalização

na cadeia de suprimentos. Essa

prática de gestão gera muitas

oportunidades para empresas

de pequeno porte se tornarem

fornecedoras de bens e serviços.

“Identificar as oportunidades e

saber quem são os clientes

na cadeia do petróleo são os

maiores desafios das empresas

fornecedoras”, ressaltou.

CLUSTER SUBSEA

O estado do Rio já possui

diversas empresas de subsea

instaladas. O segmento é

responsável por viabilizar a

produção de petróleo. Entre as

empresas, estão desde operadoras

até grandes fornecedoras de

equipamentos submarinos e

prestadoras de serviço.

Alguns dos desafios do segmento

incluem a distância do campo até

a costa, chegando a 300 km no

pré-sal, e a profundidade de

exploração superior a 3.000 metros.

O desenvolvimento tecnológico

da área de subsea conta com

um polo de conhecimento

instalado no Parque Tecnológico

do Rio, localizado no campus

da Universidade Federal do

Rio de Janeiro.

Martins, ressalta a capacitação

do segmento no Brasil. "As

empresas devem ter sua produção

direcionada para a exportação

a fim de compensar a baixa no

mercado interno", afirmou o

diretor-presidente da ABESPetro.

OUTUBRO DE 2015 | CARTA DA INDÚSTRIA

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