preferirem, de forma anônima”,
detalhou Araujo.
O presidente da Shell Brasil
destacou os impactos positivos para
a indústria ao seguir as regras de
boas práticas. “Uma cultura forte
de
compliance
protege e promove
um bom relacionamento com
funcionários, clientes, governos
e outras partes interessadas. Em
última análise, isso é um importante
C
MATÉRIA
DE CAPA
Atento a essa tendência de governança corporativa,
no final de setembro, o Sistema FIRJAN instalou o
Comitê de
Compliance
, presidido pela ex-ministra
do Supremo Tribunal Federal Ellen Gracie. Para
o presidente da Federação, Eduardo Eugenio
Gouvêa Vieira, o comitê será mais uma ferramenta
de propagação das boas práticas de governança
para a indústria fluminense. “Agora, com esse
novo comitê, vamos olhar para o futuro e dar
um balizamento interno da nossa instituição e de
como nossos associados devem atuar com as boas
práticas de governança. Queremos que essa ação
também sirva de exemplo para instituições similares
a nossa, como as federações e confederações”,
destacou Eduardo Eugenio.
Ele lembra que a FIRJAN já contava com um
conjunto de normas e regras com a função de atuar
tanto para dirimir conflitos quanto para evitar o uso
de interesses pessoais. “Já temos um conjunto de
normas e regras, que servem para nos blindar de
atos suspeitos, assim como um Comitê de Ética e
um Código de Ética, que atuam tanto para dirimir
conflitos quanto para evitar o uso de interesses
pessoais. Agora, com esse novo comitê, vamos
olhar para o futuro e dar um balizamento interno
da nossa instituição e de como nossos associados
devem atuar com as boas práticas de governança”,
afirmou o presidente do Sistema FIRJAN.
Ellen Gracie destacou que o
compliance
nada
mais é do que uma ideia básica de aderência,
de observância das regras, do arcabouço legal
e das boas práticas do mercado. Segundo ela,
os fatos atuais e a crise institucional em que
grandes empresas, como Petrobras e Eletrobras,
se encontram, demonstram que houve um
afastamento das antigas práticas comerciais,
baseadas na confiabilidade e reciprocidade
dos parceiros.
“Infelizmente as relações saudáveis foram se
deteriorando ao longo do tempo e hoje chegamos
a uma situação como essa do país, em que é
preciso fazer um enorme esforço dentro das
organizações para resgatar a confiança não
apenas dos cidadãos brasileiros, e também
na comunidade internacional. Essa situação é
realmente de tal gravidade que essa iniciativa
terá um efeito multiplicador, transformando o
ambiente de negócios que está ao nosso redor”,
afirmou a ministra.
Entre as primeiras ações do Comitê, Ellen Gracie
citou a difusão da ideia de
compliance
por meio
de treinamentos e até mesmo de um atendimento
“emergencial”, caso alguma empresa tenha
necessidade melhorar sua gestão. Ela destacou a
importância de se criar uma agenda para as novas
gerações, por meio dos cursos do SESI e SENAI.
O novo grupo de trabalho é composto pelos
diretores executivos de Operações, Alexandre dos
Reis, de Gestão Corporativa, Fernando Nóbrega, e
de Relações com Associados, Ricardo Maia, mais
o diretor jurídico José Roberto Borges, a gerente
jurídica Gisela Gadelha, e o gerente de Auditoria
Interna, Alexandre Sadler.
SISTEMA FIRJAN INSTALA COMITÊ DE
COMPLIANCE
catalisador de negócios, pois eleva
a moral dos funcionários e atrai
investidores e parceiro”, avalia.
Indagado se, diante do atual cenário
de crise, a Shell Brasil adotou
alguma nova prática, o executivo
esclarece que a empresa tem
diretrizes claras contra qualquer
tipo de favorecimento ou prática
de corrupção: “Nós monitoramos
continuamente o surgimento de
tendências, riscos emergentes
internos e externos para aprimorar
cada vez mais a adequação e
eficácia do nosso sistema de
gerenciamento de
compliance
.
Temos um programa global que
contempla riscos geográficos,
desenvolvimento de novos
negócios e protocolos de
joint
ventures
, incluindo a proibição de
pagamentos de natureza política e
eleitoral, entre outros fatores”.
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OUTUBRO DE 2015 | CARTA DA INDÚSTRIA