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SISTEMA FIRJAN • IFDM • 2015

Gráfico 7:

Evolução do IFDM Emprego&Renda Observado (2005-2013) e Projeções (2014-2015)

0,6011

0,7159

0,6675 0,6987 0,6942

0,7261 0,7219 0,7337

0,7023 0,6677

0,5204

Diante dessa melhora dos insumos educacionais, era de se esperar que o desempenho dos

alunos avançasse a uma velocidade ao menos constante nas provas do IDEB, prova bianual

que atesta a proficiência dos alunos do Ensino Fundamental. O que se observou, no entanto,

foi exatamente o contrário, ou seja, a evolução da nota do IDEB vem a cada edição dando

claros sinais de desaceleração. A média do IDEB avançou 10,3% entre 2005 e 2007; 8,0% entre

2007 e 2009; 6,2% entre 2009 e 2011 e apenas 3,5% entre 2011 e 2013. Mais do que isso,

em uma escala de zero a 10, a nota média do IDEB do Ensino Fundamental da rede pública

brasileira subiu de 3,4 em 2005 para meros 4,5 pontos em 2013.

Em outras palavras, os resultados caminham cada vez mais lentamente. Dessa forma, caso a

evolução observada em 2013 seja mantida nos próximos anos, a nota brasileira do IDEB do

Ensino Fundamental só atingirá os 6,0 pontos em 2031 – uma década após o estabelecido nas

metas do Ministério da Educação.

Por fim, o quadro econômico recente deteriorou-se rapidamente e as perspectivas persisten-

temente negativas chamam a atenção. Em 2014, a geração de empregos foi apenas um terço

da observada em 2013, ano em que o

IFDM Emprego&Renda

já exibiu desempenho negativo.

Em 2015, a avaliação é ainda mais negativa: o país deverá perder mais de ummilhão de postos

de trabalho formais e a renda deverá avançar menos que a inflação, corroendo o poder de

compra do trabalhador. Diante disso, é possível estimar que a trajetória descendente do

IFDM

Emprego&Renda

irá se acentuar significativamente nas próximas edições –

gráfico 7

. Em 2014,

a vertente deve atingir seu menor patamar desde 2007 e, em 2015, recuar para o menor nível

já atingido na série histórica do indicador.

Como resultado, os municípios brasileiros tendem a ficar a mercê da conjuntura econômica,

com menos recursos não só para expandir como, principalmente, para manter programas

sociais que viabilizaram o avanço dos componentes estruturais do IFDM – Educação e Saúde

– até então. Fato é que os desafios mais complexos persistem e não foram solucionados

em tempos de pujança econômica. Assim, diante do atual cenário, é possível afirmar que a

conjuntura econômica negativa observada no Brasil nos últimos dois anos (e cujas projeções

demercado não apontampara recuperação) coloque em xeque a continuidade das conquistas

sociais observadas em passado recente, comprometendo o desenvolvimento do país nos

próximos anos.

2005

2006 2007

2008 2009 2010 2011

2012

2013

2014

2015