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SISTEMA FIRJAN • IFDM • 2015
MAIORES E MENORES
A comparação dos 500 municípios com maiores valores no IFDM (Top500) com o grupo
extremo oposto retrata um Brasil de disparidades. Extrema (0,9050), em Minas Gerais, muni-
cípio melhor colocado no ranking geral do índice, apresenta um IFDM mais do que três vezes
superior ao último colocado – Santa Rosa do Purus (0,2763), no Acre.
No que se refere aos indicadores de Educação, em média
,
90
,0
% dos docentes possuem
curso superior nos 500 municípios do topo do ranking
,
mais do que o dobro do verificado nos
500 com pior colocação. Enquanto a distorção idade-série dos Top500 é de 11,2%, a dos 500
municípios com piores classificações é mais que três vezes esse percentual (37,0%). Como
resultado, a média obtida no IDEB, indicador da qualidade do ensino fundamental, é de 5,4
nos 500 municípios do topo, e de 3,4 nos 500 da parte inferior da lista.
Indicadores de saúde também evidenciam a distância entre os padrões de desenvolvimento
dos municípios brasileiros. A taxa de óbito de menores de cinco anos por causas evitáveis
nos municípios Top500 é a metade da taxa encontrada nos 500 com menor IFDM. Já o
percentual de óbitos por causas mal definidas sobre o total de óbitos é de 5,3% nos 500 mais
bem colocados, frente a mais que o triplo (18,5%) dos municípios de pior colocação
.
Claramente dividido entre Norte e Sul, o conjunto das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste
detém 99
,0
% dos municípios do Top500. Destes, a maior parte é composta por municípios do
Sudeste (56
,0
%). Municípios do Sul e Centro Oeste representam 36,6% e 6,4%, respectivamente.
Os outros 1
,0
% são formados por municípios das regiões Nordeste (0,8%) e Norte (0,2%).
Dos estados, São Paulo é o que tem maior participação de municípios no grupo dos Top500:
são 215 que compõem 43,0% da lista (o equivalente a um terço dos municípios paulistas). Na
sequência, destacam-se os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e de Minas Gerais,
que participam, respectivamente, com 16,4%, 11,2% e 9,4% do grupo dos Top500.
No outro extremo, o grupo dos 500 municípios piores colocados é formado majoritariamente
por municípios do Nordeste e do Norte do país (97,4%). As cidades baianas são as mais proe-
minentes nesse grupo, 178 representantes, quase metade de todos os municípios do estado.
Maranhão e Pará aparecem na sequência, respondendo por 19,0% e 14,4% do grupo dos 500
menores do Brasil. Nesta faixa do ranking, a região Sudeste teve apenas oito cidades – todas
mineiras – e o Centro-Oeste cinco. Por sua vez, a região Sul não teve sequer um representante
entre as 500 menores pontuações do IFDM, feito que se repete desde 2005.