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SISTEMA FIRJAN • IFDM • 2015
CAPITAIS
Na análise do desenvolvimento das 27 capitais brasileiras, é imprescindível levar em conta
o contexto socioeconômico no qual essas cidades estão inseridas. O status de capital traz
consigo maior poderio econômico e uma infraestrutura mais sofisticada que a maioria dos
municípios do interior, o que propicia um mercado de trabalho mais aquecido que a média.
Contudo, quando a conjuntura econômica é desfavorável, como ocorreu em 2013, as capitais
costumam sentir com maior intensidade. Ao mesmo tempo, essas cidades ainda têm o dever
de fornecer Educação e Saúde de qualidade a milhões de cidadãos – em 2013, 48 milhões de
pessoas, um quarto da população brasileira – e, em muitos casos, ainda servem de polo de
atendimento para as cidades vizinhas.
Nesta edição do IFDM, apenas oito capitais brasileiras apresentam alto desenvolvimento no
IFDM, enquanto as demais registraram desenvolvimento moderado. As dez primeiras colocadas
do ranking das capitais figuram entre os 500 maiores resultados do IFDM do país, porém apenas
os dois primeiros lugares ocupam uma posição entre os 100 mais bem avaliados –
Tabela 4
.
O topo do ranking das capitais foi novamente ocupado por
Curitiba, São Paulo, Vitória
e
Florianópolis
, apenas com trocas de posições entre elas. Enquanto a maior parte das capitais
apresentou redução no
IFDM Emprego&Renda
, Curitiba registrou crescimento de 4,3% neste
indicador, o que resultou em uma variação de 1,4% no índice geral do município e fez com
que ele subisse da terceira para a primeira posição.
Houve redução no
IFDM Emprego&Renda
em 17 capitais brasileiras. No geral, a queda desta
vertente mitigou a melhora observada nas vertentes de Educação e Saúde, onde foi obser-
vado avanço em 22 e 16 das capitais, respectivamente. Apesar disso, alguns municípios con-
seguiram apresentar avanços significativos nas três áreas de desenvolvimento do IFDM:
Rio
de Janeiro
, que ascendeu da sétima à quinta colocação dentre as capitais, e
Teresina
, que
galgou quatro posições no ranking e atingiu o 12º lugar.
Teresina apresentou o maior avanço do IFDM consolidado (+4,2%) dentre as capitais, empata-
da apenas com
Boa Vista
. Na capital do Piauí, ainda que o progresso do mercado de trabalho
tenha sido o maior vetor do desenvolvimento, foram registradas altas relevantes nas áreas
de Educação (+2,1%) e Saúde (+4,1%). Já na capital de Roraima, esse avanço foi impulsiona-
do quase que exclusivamente pela alta de 12,6% do
IFDM Emprego&Renda
, uma vez que o
IFDM Educação
registrou apenas leve alta de 0,7% e o
IFDM Saúde
manteve-se estável. Em
contrapartida,
Palmas
registrou a queda mais brusca dentre as capitais (-4,5%), impulsionada
justamente pela forte redução de 15,6% do
IFDM Emprego&Renda
, perdendo assim o status
de alto desenvolvimento e seis posições no ranking das capitais em comparação ao observa-
do no ano anterior.
Entre as piores colocadas,
Maceió
foi um destaque positivo por ter obtido crescimentos re-
levantes tanto no
IFDM Emprego&Renda
quanto no
IFDM Educação
, resultando em variação
de 3,1% no seu IFDM – contudo, permaneceu como a única capital brasileira a exibir desem-
penho regular na área de Educação. Em direção contrária,
Belém
registrou recuo nas três ver-
tentes, passando a ocupar a penúltima colocação do ranking. Estacionado na última posição,
o município de
Macapá
apresentou avanços no
IFDM Emprego&Renda
e no
IFDM Saúde
.