PANORAMA NAVAL NO RIO DE JANEIRO 2016
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Para a manutenção e desenvolvimento de capacidades estratégicas de defesa, as necessidades
da Força Naval estão consolidadas no Plano de Articulação e Equipamento da Marinha (PAEMB),
incluído no Plano de Articulação e Equipamento de Defesa (PAED). Nesses dois documentos,
que são planejamentos de execução de médio e longo prazo, a MB prioriza sete programas
estratégicos, essenciais para manter a Força adequadamente preparada, equipada e capacitada
para o cumprimento de sua missão de defender a pátria. Dentre esses programas estratégicos,
cabe mencionar: o programa de “Construção do Núcleo do Poder Naval”, que diz respeito à
construção de novos meios; e o programa de “Recuperação da Capacidade Operacional da
MB”, relacionado à manutenção e modernização dos atuais meios da Marinha.
O programa estratégico de Construção do Núcleo do Poder Naval inclui subprogramas
relacionados à obtenção de navios, por construção no país, visando ao aumento da capacidade
operacional da Força. Uma das características desse programa é o seu potencial de recuperação
e desenvolvimento da indústria naval nacional e segmentos correlatos, favorecendo o
estabelecimento de “clusters navais”, com geração de empregos qualificados, diretos e indiretos.
São relevantes os seguintes subprogramas em andamento, realizados pela Marinha:
• o
Programa de Desenvolvimento de Submarinos
(PROSUB), em plena execução;
• o
Programa de Construção de Corvetas Classe Tamandaré
, em fase preliminar de
detalhamento da especificação da aquisição (projeto básico) e estudos para definição do
modelo de negócios a ser adotado; e
• o
Programa de Obtenção de Navios Patrulha Oceânicos
(1.800 t – até 5 unidades), e
Navios Patrulha Leves (500 t – até 46 unidades).
Dos três subprogramas relevantes citados, merece especial destaque o Programa de
Construção de Corvetas Classe “Tamandaré”.
O Programa de construção de Corvetas Classe Tamandaré
Nos anos 90, o Programa de Reaparelhamento da Marinha (PRM) previa a obtenção de
dezesseis corvetas para a escolta de Forças Navais e, secundariamente, para operações
costeiras. Entretanto foram construídas apenas quatro unidades ao longo das décadas de 80 e
90, que constituem a Classe Inhaúma. As Corvetas Inhaúma e Jaceguai foram construídas no
Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ) e as Corvetas Júlio de Noronha e Frontin foram
iniciadas no então estaleiro Verolme e concluídas no AMRJ.
Do reprojeto da Classe Inhaúma surgiu a Corveta Classe Barroso, cuja construção, no
AMRJ, incorporou diversos aperfeiçoamentos de equipamentos e modificações necessárias
à atualização tecnológica do projeto e à correção das deficiências constatadas no projeto