PANORAMA NAVAL NO RIO DE JANEIRO 2016
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A implantação do novo modelo de gestão no AMRJ passa, necessariamente, pela observância
dos provimentos legais existentes, de viabilização de parcerias entre os setores público e privado.
É importante ressaltar que a construção das Corvetas Classe Tamandaré exigirá a adequação
da infraestrutura industrial do AMRJ, com o objetivo de promover a implantação de
processos industriais que favoreçam o aumento da produtividade, bem como o controle e
o gerenciamento da operação. Tal adequação, naturalmente, não se restringirá ao porte das
Corvetas Classe Tamandaré, mas deverá atender, também, ao desenvolvimento de projetos de
maior porte, como navios escolta de deslocamento da ordem de 6.000 t, previstos no PAEMB,
e incluídos no PAED.
O emprego da mão de obra
A concepção básica do modelo de negócios a ser adotado para a construção das Corvetas
Classe Tamandaré guarda estreita relação com a implantação do novo modelo de gestão que se
pretende implantar no AMRJ. Dessa forma, a construção será totalmente realizada por estaleiro
qualificado a ser contratado, empregando mão de obra própria, sob a fiscalização do AMRJ.
A questão da qualificação do estaleiro para a construção naval militar é uma medida mitigadora
de risco. Na prática, demanda o estabelecimento de parceria entre estaleiros privados nacionais
e estrangeiros, com portfólio reconhecido em projetos de complexidade tecnológica similar às
Corvetas Classe Tamandaré.
A incorporação de conteúdo nacional
O índice de nacionalização pretendido para as Corvetas Classe Tamandaré impõe a utilização
de equipamentos e sistemas fabricados no Brasil. Tal regra, contudo, não dispensa a necessária
qualificação dos produtos nacionais, em função do fim a que se destinam.
São potencialmente candidatas as seguintes linhas de fornecimento de navipeças:
• chapas, perfis laminados e fundidos metálicos;
• válvulas e juntas de expansão,
• tubulações e acessórios em aço inoxidável, aço-carbono e liga cobre níquel;
• bombas hidráulicas;
• sistemas de controle e automação;
• cabos elétricos, calhas, suportes, peças de passagem, eletrodutos;
• equipamentos de eletricidade (transformadores, iluminação, painéis, baterias etc.);
• sistemas de comunicações internas e externas;
• embarcações pneumáticas de casco semirrígido;
• sistemas elétricos e eletrônicos de navegação;