Previous Page  36 / 48 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 36 / 48 Next Page
Page Background

PANORAMA NAVAL NO RIO DE JANEIRO 2016

PÁG.34

A implantação do novo modelo de gestão no AMRJ passa, necessariamente, pela observância

dos provimentos legais existentes, de viabilização de parcerias entre os setores público e privado.

É importante ressaltar que a construção das Corvetas Classe Tamandaré exigirá a adequação

da infraestrutura industrial do AMRJ, com o objetivo de promover a implantação de

processos industriais que favoreçam o aumento da produtividade, bem como o controle e

o gerenciamento da operação. Tal adequação, naturalmente, não se restringirá ao porte das

Corvetas Classe Tamandaré, mas deverá atender, também, ao desenvolvimento de projetos de

maior porte, como navios escolta de deslocamento da ordem de 6.000 t, previstos no PAEMB,

e incluídos no PAED.

O emprego da mão de obra

A concepção básica do modelo de negócios a ser adotado para a construção das Corvetas

Classe Tamandaré guarda estreita relação com a implantação do novo modelo de gestão que se

pretende implantar no AMRJ. Dessa forma, a construção será totalmente realizada por estaleiro

qualificado a ser contratado, empregando mão de obra própria, sob a fiscalização do AMRJ.

A questão da qualificação do estaleiro para a construção naval militar é uma medida mitigadora

de risco. Na prática, demanda o estabelecimento de parceria entre estaleiros privados nacionais

e estrangeiros, com portfólio reconhecido em projetos de complexidade tecnológica similar às

Corvetas Classe Tamandaré.

A incorporação de conteúdo nacional

O índice de nacionalização pretendido para as Corvetas Classe Tamandaré impõe a utilização

de equipamentos e sistemas fabricados no Brasil. Tal regra, contudo, não dispensa a necessária

qualificação dos produtos nacionais, em função do fim a que se destinam.

São potencialmente candidatas as seguintes linhas de fornecimento de navipeças:

• chapas, perfis laminados e fundidos metálicos;

• válvulas e juntas de expansão,

• tubulações e acessórios em aço inoxidável, aço-carbono e liga cobre níquel;

• bombas hidráulicas;

• sistemas de controle e automação;

• cabos elétricos, calhas, suportes, peças de passagem, eletrodutos;

• equipamentos de eletricidade (transformadores, iluminação, painéis, baterias etc.);

• sistemas de comunicações internas e externas;

• embarcações pneumáticas de casco semirrígido;

• sistemas elétricos e eletrônicos de navegação;