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PANORAMA NAVAL NO RIO DE JANEIRO 2016

PÁG.36

• telecomunicações em voz e dados (com o desenvolvimento de equipamentos de rádio

definidos por

software

) e;

• detecção eletromagnética (desenvolvimento de equipamento de detecção

eletromagnética desenvolvimento de tintas absorvedoras de radiação eletromagnética).

Conclusão

A estrutura político-estratégica do país, as necessidades de defesa e a evolução da natureza

dos conflitos e das ameaças no mar exigem que a Marinha disponha de uma Força Naval

com poder militar crível, que incorpore múltiplas capacidades operacionais e que seja

suficientemente flexível em sua configuração, de modo a manter-se atualizada, numa era de

incertezas e num ambiente de frequentes mudanças.

A atual situação do Poder Naval brasileiro, em particular da Esquadra brasileira, com meios

navais de superfície em idade avançada, acaba por gerar lacunas de capacidade e, por

conseguinte, vulnerabilidades estratégicas, que precisam ser corrigidas.

Nesse sentido, é inevitável e imperiosa a renovação do inventário dos meios navais, aeronavais,

submarinos e de fuzileiros navais do Poder Naval brasileiro, por intermédio dos programas

estratégicos de reaparelhamento da Marinha do Brasil.

A necessidade do reaparelhamento da Força é indissociável do projeto de desenvolvimento do

país. Portanto, os programas estratégicos da Marinha estão atrelados ao desenvolvimento da

Base Industrial de Defesa – incluindo a sua sustentação, por meio de uma política adequada de

manutenção de encomendas de produtos e serviços, bem como por processos de transferência

de tecnologia, baseados em acordos de compensação criteriosamente selecionados. O

propósito por trás dessa estratégia é desenvolver tecnologias que possam também ser úteis

à sociedade, pelo potencial de emprego dual de algumas tecnologias e produtos de Defesa;

aumentar a produtividade e a competitividade da indústria brasileira, com possibilidade de maior

inserção no mercado internacional; e contribuir para a geração de empregos qualificados.

Ao privilegiar a indústria de material de defesa como uma verdadeira política de Estado,

por meio da Lei nº 12.598/2012, o Brasil objetiva assegurar diretamente a consecução dos

interesses nacionais no concerto internacional, os quais, continuamente, assumem novas e

desafiadoras dimensões. Essa realidade também contempla a economia, pois investimentos

em Defesa produzem significativo efeito multiplicador nas abrangentes cadeias produtivas

envolvidas e alavancam, como um catalisador, o desenvolvimento das expressões política,

econômica, psicossocial, tecnológica e militar do poder nacional.