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SISTEMA FIRJAN

PÁG. 2

Andrea Lopes

Especialista em Meio Ambiente

Sistema FIRJAN

A cidade de Lima, no Peru, recebeu

entre 1º e 14 de dezembro de 2014

a vigésima Conferência das Partes

da Convenção das Nações Unidas

sobre Mudanças Climáticas.

A COP 20 reuniu representantes

de mais de 195 países. As partes,

assim chamados os países que

participam da Convenção,

reúnem-se anualmente para

deliberar sobre assuntos relativos à

sua efetiva implementação e sobre

quaisquer instrumentos legais

a ela relacionados.

A COP 20 foi uma etapa essencial

no processo negociador para o

novo acordo multilateral que deve

ser firmado em 2015 na COP 21, em

Paris, para entrar em vigor em 2020,

substituindo o Protocolo de Quioto.

O novo acordo terá o objetivo

principal de envolver todos os

países no grande desafio de manter

a temperatura média global em 2°C

acima dos níveis pré-industriais,

com o corte de emissões globais

até 2050 entre 40% e 70%, baseado

nos níveis de 2010.

Como resultado da COP 20,

foi elaborado um documento

denominado “Chamada de Lima

para Ação Climática”, apresentando

alguns elementos que devem conter

o futuro acordo.

CAPA

C

EXPEDIENTE: Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN) - Centro Industrial do Rio de Janeiro (CIRJ). Av. Graça Aranha nº 1 - CEP: 20030-002

- Rio de Janeiro / RJ - Sugestões e informações: (21) 2563-4213 / 4518 -

www.firjan.org.br.

Presidente: Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira; Presidente do Conselho

Empresarial de Meio Ambiente: Isaac Plachta; Diretor de Qualidade de Vida: Bernardo Schlaepfer; Coordenação Gerência de Meio Ambiente: Luís Augusto

Azevedo e Carolina Zoccoli; Assessoria de Imprensa: Lucila Soares e Lorena Storani – SÚMULA AMBIENTAL é uma publicação do SISTEMA FIRJAN editada

pela Insight Comunicação. Editor Geral: Coriolano Gatto; Editora Executiva: Kelly Nascimento; Redação: Carolina Zoccoli, Lídia Aguiar, Aline Soares e Renato

Paquet; Revisão: Denise Scofano Moura e Geraldo Rodrigues Pereira; Projeto Gráfico: DPZ; Design e Diagramação: Paula Barrenne; Produtor Gráfico: Ruy

Saraiva; Impressão: Arte Criação.

MUDANÇA DO CLIMA:

NOVO COMPROMISSO

GLOBAL EM DEBATE

O governo brasileiro

acredita que todos os

países devem assumir

compromissos de

redução das emissões

de longo prazo, a partir

de 2020, e que as ações

devem ser consistentes

com a ciência

O protocolo – ou outro instrumento

ou acordo com força legal – deverá

abordar de uma forma equilibrada,

entre outros aspectos, mitigação,

adaptação, financiamento,

desenvolvimento e transferência de

tecnologia e capacitação.

Lima fortaleceu a responsabilidade

histórica pelas emissões de

gases de efeito estufa (GEEs),

destacando o compromisso de

alcançar um acordo ambicioso

em 2015 que reflita o princípio

das responsabilidades comuns,

porém diferenciadas, levando

em consideração as diferentes

circunstâncias nacionais.

Quanto ao financiamento das

ações de mitigação e adaptação,

destacou-se a necessidade de os

países desenvolvidos fornecerem

mais apoio financeiro aos países em

desenvolvimento, especialmente

para os que são particularmente

vulneráveis aos efeitos adversos da

mudança do clima.

Para desenvolver o rascunho do

novo acordo foi criado um órgão

subsidiário no âmbito da Convenção,

chamado Grupo de Trabalho

Ad

Hoc

para Ação Avançada sobre

a Plataforma de Durban (ADP). O

GT terá seu trabalho intensificado

no primeiro trimestre, tendo em

vista a disponibilização do texto de

negociação antes de maio de 2015.

Todas as partes terão que informar

ao secretariado da Convenção,

até 1º de outubro de 2015, suas

metas de redução de emissões,

as chamadas Contribuições

Intencionais Nacionais Determinadas

(INDCs, na sigla em inglês). Isso

porque a ONU disponibilizará um

relatório síntese sobre o efeito global

das propostas de redução no dia 1º

de novembro.

As INDCs devem ser comunicadas

de forma a facilitar a clareza,

transparência e compreensão dos

compromissos, podendo incluir

ações de adaptação à mudança

do clima.

Há um apelo da Convenção para

que se aumente a ambição de todos

os países em reduzir suas emissões

no período que antecede o novo

acordo (2015-2020). Para tanto, o

SÚMULA AMBIENTAL | FEVEREIRO DE 2015