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SISTEMA FIRJAN

PÁG. 3

secretariado organizará encontros

técnicos a fim de identificar as

oportunidades com alto potencial

de mitigação.

Os países em desenvolvimento

se comprometeram, em caráter

voluntário, por meio do acordo

de Copenhague, em reduzir as

emissões de GEEs até 2020. Essas

ações são chamadas de Ações

de Mitigação Nacionalmente

Apropriadas (NAMAs, na sigla em

inglês). O Brasil internalizou esse

compromisso por meio da Política

Nacional de Mudança do Clima,

instituída pela Lei nº 12.187/2009,

que se propõe a reduzir entre 36,1%

e 38,9% as emissões projetadas

até 2020. É em relação às NAMAs

que a ONU convoca todos para o

aumento da ambição.

Em dezembro de 2014, o Itamaraty

enviou à Convenção um

documento que traduz a visão

do Brasil sobre os elementos que

devem estar contidos no rascunho

do novo acordo (“Views of Brazil

on the Elements of the New

Agreement under the Convention

Applicable to All Parties”). O

governo brasileiro acredita que

todos os países devem assumir

compromissos de redução das

emissões de longo prazo, a partir

de 2020, e que as ações devem ser

consistentes com a ciência.

Apresenta também uma proposta

de diferenciação concêntrica,

que tenta melhorar o princípio de

responsabilidades comuns, porém

diferenciadas. O conceito coloca

os países em três níveis, cada um

deles com um rol de critérios para

diminuir as emissões. Nações

desenvolvidas ficariam no círculo

central e teriam que fazer cortes

em todos os setores da economia.

Os emergentes, como Brasil, China

e Índia, ficariam no segundo nível,

com algumas opções para reduzir as

emissões. Países vulneráveis, como

os insulares, não empreenderiam

grandes ações e estariam no

terceiro nível.

A indústria brasileira destaca sua

pequena contribuição nas emissões

de GEEs no Brasil; entretanto,

considera que tem muito a

contribuir nesse caminho mundial

rumo a uma economia de baixo

carbono. Para isso, é importante

que haja políticas públicas que

promovam a adoção de soluções

de baixo carbono na indústria,

preservando sua competitividade,

bem como a aplicação de incentivos

que permitam utilizar combustíveis e

fontes energéticas menos emissoras.

O ano de 2015 já começou com

uma reunião do GT

Ad Hoc

para

Ação Avançada sobre a Plataforma

de Durban, de 8 a 13 de fevereiro,

em Genebra, na Suíça. Também no

âmbito da Convenção, no início

de junho, está agendada uma

Conferência sobre Mudança do

Clima em Bonn, na Alemanha, como

uma preparatória para a COP 21 que

acontecerá de 30 de novembro a 11

de dezembro de 2015, em Paris.

SÚMULA AMBIENTAL | FEVEREIRO DE 2015