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PÁG. 4

6 A 12 DE MARÇO | CARTA DA INDÚSTRIA

Agência Brasil

G

GERAL

No dia 24 de fevereiro, o presidente

do Sistema FIRJAN, Eduardo Eugenio

Gouvêa Vieira, enviou ao governador

Luiz Fernando Pezão, sugestões

de medidas para minimizar as

consequências da crise hídrica

sobre a indústria e seus reflexos

para a sociedade fluminense. “Não

há discussão quanto à prioridade

do abastecimento humano em

caso de escassez de água. Porém,

é importante que a indústria

fluminense tenha oportunidade de

participar das decisões, buscando

alternativas que garantam sua

capacidade de produzir e gerar

empregos, com o apoio necessário

do governo, em todos os níveis”,

explica Eduardo Eugenio.

Entre as medidas apresentadas

pela Federação, destacam-se

ações para melhorar os sistemas

de abastecimento de água, como

o projeto da nova estação de

tratamento Guandu; medidas

para aperfeiçoar os sistemas de

coleta e tratamento de esgoto; e a

criação de condições diferenciadas

para a outorga e para o uso da

água subterrânea pelas indústrias

do estado do Rio. O documento

também aponta a necessidade

de incentivos para execução de

projetos de dessalinização da água

do mar.

Além disso, o Sistema FIRJAN

recomenda ao governo seguir os

exemplos dos projetos Aquapolo,

em São Paulo, e Água Viva, na Bahia,

que promovem o estabelecimento

de parcerias público-privadas para

viabilizar técnica e financeiramente a

reutilização da água de estações de

tratamento de esgoto pela indústria.

Desde o início do ano passado, a

diminuição do volume dos quatro

FIRJAN APRESENTA AO GOVERNADOR PEZÃO MEDIDAS

PARA MINIMIZAR IMPACTOS DA CRISE HÍDRICA

reservatórios do Rio Paraíba do Sul,

responsável pelo abastecimento

de 75% do estado do Rio, ameaça

o fornecimento de água para mais

de 12 milhões de pessoas e cerca

de 3.800 indústrias. A vazão dos

reservatórios alcançou o menor

valor já reportado em 85 anos.

Responsáveis por 827 mil empregos

diretos, as indústrias fluminenses

têm promovido ações para redução

do consumo e reutilização de água.

Segundo levantamento realizado

pela Federação, 56,7% das indústrias

já adotaram alguma medida de

redução de consumo de água nos

últimos dois anos.

Na empresa Bayer, por exemplo,

85% da água consumida já

provêm de reúso, o que gera

uma economia de 80 mil m³ por

mês. “Além da modernização do

sistema de osmose reversa, que

é parte essencial no tratamento

de água captada, instalamos

um reservatório que dá maior

autonomia, uma vez que reserva

a água captada e tratada para

alimentar as fábricas em caso

de aumento na demanda ou

paralisação da captação”, destaca

Ricardo Amaral, gerente de

Energias da Bayer.

O Centro de Tecnologia SENAI

(CTS) Ambiental oferece à indústria

fluminense programas voltados

para o uso eficiente de água e

energia. Mais informações pelo

e-mail

cts.ambiental@firjan.org.br

.

Rio Paraíba do Sul: diminuição do volume dos quatro reservatórios preocupa