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PÁG. 4

10 A 16 DE ABRIL | CARTA DA INDÚSTRIA

E

ESPECIAL

Câmara dos

Deputados: acima,

Eduardo Eugenio, o

deputado Simão Sessim

e o assessor-chefe de

Relações Institucionais

da FIRJAN, Márcio

Fortes. Ao lado,

Roberto Kauffmann e

Victor Misquey

O presidente do Sistema FIRJAN, Eduardo Eugenio

Gouvêa Vieira, considerou um avanço a aprovação

do texto-base do Projeto de Lei nº 4.330/2004, que

regulamenta o trabalho terceirizado, pela Câmara dos

Deputados. Ele acompanhou a votação no dia 8 de

abril, em Brasília.

A aprovação do texto-base, que tramita há 11 anos

na Câmara dos Deputados, é uma luta antiga dos

empresários fluminenses, por intermédio do Sistema

FIRJAN. A votação final está prevista para acontecer

em 14 de abril. Depois, o texto seguirá para apreciação

do Senado.

Eduardo Eugenio ressalta que “as empresas

precisam de liberdade para crescer e promover o

desenvolvimento do Brasil”. Após o resultado da

votação, ele acrescentou ainda que a regulamentação

não irá retirar ou reduzir os direitos dos trabalhadores.

“Os trabalhadores terão assegurados os direitos

aos salários, férias e demais direitos previstos na

legislação trabalhista e em acordos e convenções

coletivas de suas categorias profissionais”, ressalta o

presidente da FIRJAN.

Empresários da FIRJAN também estiveram presentes

no plenário. No dia 7 de abril, momento chave para a

entrada em pauta do PL 4.330/2004, Victor Misquey,

presidente do Sindicato das Indústrias do Vestuário do

Rio de Janeiro e Grande Rio; e Roberto Kauffmann,

presidente do Sinduscon-Rio, acompanharam

a discussão no plenário e conversaram com os

parlamentares.

Misquey concorda com o presidente da FIRJAN no

tocante aos direitos trabalhistas e reconhece o papel

da Federação nesse processo: “Havia a preocupação

de que os trabalhadores pudessem ser prejudicados,

mas, na verdade, eles passarão a ter seus direitos

reconhecidos. O Sistema FIRJAN, junto com a CNI,

lutou muito para mostrar aos deputados que a

terceirização beneficiará as empresas, os trabalhadores

e fortalecerá a atividade econômica”.

Roberto Kauffmann explica que em alguns setores a

terceirização é importante para o bom funcionamento

da atividade. “No setor da construção civil, cujas

atividades envolvem várias fases e processos,

TERCEIRIZAÇÃO: SISTEMA FIRJAN DEFENDE QUE

APROVAÇÃO DA NORMA É AVANÇO PARA O PAÍS

é impossível para uma empresa funcionar sem

terceirização. O mesmo ocorre com vários outros

setores produtivos”, avalia.

O Sistema FIRJAN vem contribuindo de forma contínua

para que a norma seja aprovada, aumentando a

competitividade das empresas, sem prejudicar o trabalho

ou suprimir os direitos essenciais do trabalhador.

“Atualmente, a terceirização é disciplinada pela

Súmula 331 do Tribunal Superior do Trabalho (TST),

mas a ausência de lei regulamentando o assunto traz

interpretações dúbias e insegurança ao empresário

e ao trabalhador. Por isso, a importância de uma lei

regulamentando a terceirização”, explica a gerente-geral

jurídica da FIRJAN, Gisela Gadelha.

Entre os diversos pontos do projeto, ela destaca a

importância de as empresas terem liberdade para

terceirizar qualquer serviço especializado, e não apenas

aqueles considerados atividades-meio.

Fotos: Edson Leal